Choro, desânimo e medo de prisão: a reação de Cid antes de audiência com Moraes

PN - Ex-ajudante de ordens se apresenta nesta quinta ao STF e corre risco de perder delação premiada; militar nega que conhecia plano de matar Lula, Alckmin e ministro do STF. Nesta quinta-feira (21), às 14h, Cid terá de se apresentar diante do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito da tentativa de golpe de Estado, para esclarecer omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal durante depoimento prestado na terça-feira (19). 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, estará presente na audiência no STF. Pessoas próximas estão pessimistas de que Cid conseguirá manter o acordo de delação premiada e avaliam que, caso a colaboração seja cancelada, ele poderá ter a prisão determinada novamente ao final da audiência.

Caso a delação de Mauro Cid seja cancelada por descumprimento do acordo, as provas e informações prestadas seguem válidas para o inquérito. Como mostrou o analista Caio Junqueira, a PF deverá concluir nesta semana o inquérito que investiga o Bolsonaro e seus aliados em uma tentativa de golpe de Estado. A audiência com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deverá ser um dos últimos atos da investigação. 

A investigação recuperou trocas de mensagens por Mauro Cid que indicava que ele sabia que o ministro Alexandre de Moraes estava sendo monitorado. Este é um dos pontos principais que pode levar à anulação da delação premaida. Em depoimento, o tenente-coronel alegou que não sabia que isso seria uma ilegalidade.

Metrópoles


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