O Tribunal Penal Internacional (TPI) surpreendeu Israel na quinta-feira ao emitir mandados de prisão para Netanyahu e seu ex-chefe de defesa Yoav Gallant por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito de Gaza, que já dura 13 meses.
A bomba veio menos de duas semanas antes de Netanyahu testemunhar em um julgamento de corrupção que o persegue há anos e pode acabar com sua carreira política se ele for considerado culpado. Ele negou qualquer irregularidade.
Embora o julgamento por suborno doméstico tenha polarizado a opinião pública, o primeiro-ministro recebeu amplo apoio de todo o espectro político após a decisão do TPI, o que lhe deu um impulso em tempos difíceis.
Embora Netanyahu tenha recebido amplo apoio em casa em relação à ação do TPI, o mesmo não acontece no caso de corrupção doméstica, onde ele é acusado de suborno, quebra de confiança e fraude.
O julgamento começou em 2020 e Netanyahu finalmente deve depor no mês que vem, depois que o tribunal rejeitou seu último pedido para adiar o depoimento, alegando que ele estava muito ocupado supervisionando a guerra para preparar sua defesa.
A campanha subsequente de Israel matou mais de 44.000 pessoas e deslocou quase toda a população de Gaza pelo menos uma vez, desencadeando uma catástrofe humanitária, de acordo com autoridades de Gaza.
O primeiro-ministro recusou o conselho do procurador-geral do estado de criar uma comissão independente para investigar o que deu errado e a conduta subsequente de Israel na guerra.
Em vez disso, ele busca estabelecer um inquérito composto apenas por políticos, o que, segundo os críticos, não proporcionaria o tipo de responsabilização exigido pelo TPI.
O popular diário israelense Yedioth Ahronoth disse que a falha em ordenar uma investigação independente levou o TPI a agir. "Netanyahu preferiu correr o risco de mandados de prisão, contanto que não tivesse que formar tal comissão", escreveu na sexta-feira.
Reuters
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