Candidato derrotado em Curitiba aponta Sergio Moro como o maior traidor da história do Brasil

PN - Brasil 247 - O ex-secretário de Justiça, Trabalho e Família do Paraná, Ney Leprevost, usou suas redes sociais para lançar duras críticas ao ex-juiz suspeito e senador Sérgio Moro, a quem chamou de "maior traidor do Brasil". Leprevost, que foi candidato à prefeitura de Curitiba em 2020, fez as acusações em resposta ao que chamou de "ataques rasteiros e injustificados" por parte de Moro. O ex-juiz teria não apenas o criticado pessoalmente, mas também feito insinuações sobre um de seus familiares.

As declarações de Leprevost geraram grande repercussão, principalmente porque ele havia tido Rosângela Moro, esposa do senador, como sua candidata a vice-prefeita na mesma eleição. Apesar dessa aliança no passado, o ex-candidato não poupou críticas a Sérgio Moro, a quem acusou de uma série de traições que teriam marcado sua trajetória tanto na magistratura quanto na política.

"Este senhor é um traidor contumaz", disparou Leprevost em seu pronunciamento. Ele listou, de forma detalhada, as traições que, segundo ele, Sérgio Moro cometeu ao longo dos últimos anos.

Traições elencadas por Ney Leprevost: Traição à magistratura: Leprevost acusou Moro de ter usado sua posição de juiz para se promover pessoalmente, com o objetivo de conquistar cargos políticos. Ele mencionou ainda práticas que, para ele, violaram a ética jurídica, como "tortura psicológica em réus" e "escutas telefônicas de legalidade questionável".

Traição aos apoiadores da Operação Lava Jato: O ex-secretário afirmou que Moro traiu os milhares de brasileiros que foram às ruas em apoio à Lava Jato, ao abandonar seu posto como juiz para se tornar ministro do governo Bolsonaro.

Traição a Jair Bolsonaro: Leprevost ressaltou que Moro, ao sair do governo em meio a desavenças com Bolsonaro, traiu o presidente que havia confiado nele ao nomeá-lo para o Ministério da Justiça.

Traição ao partido Podemos: Segundo Leprevost, Moro também traiu o partido Podemos, que havia sustentado financeiramente sua candidatura ao Senado.

Traição ao Paraná: O ex-secretário apontou que Moro traiu o povo paranaense ao tentar concorrer ao Senado por São Paulo, em vez de representar o estado em que construiu sua carreira.

Traição ao senador Álvaro Dias: Leprevost também afirmou que Moro traiu seu padrinho político, o senador Álvaro Dias, ao se lançar candidato contra ele, de última hora, nas eleições de 2022.

Traição aos eleitores de direita: Moro, segundo Leprevost, teria traído seus eleitores de direita ao votar a favor da nomeação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, desagradando a base conservadora.

Traição a Rosângela Moro e à campanha de Leprevost: Uma das críticas mais pessoais foi direcionada à relação entre Moro e sua esposa, Rosângela, que foi candidata a vice-prefeita na chapa de Leprevost em Curitiba. O ex-candidato alegou que Rosângela abandonou a campanha dez dias antes da eleição por não ter recebido a atenção desejada nos programas eleitorais de televisão. Ele pediu desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado "a imposição do partido" de ter Rosângela como vice.

Traição ao partido União Brasil: Leprevost também acusou Moro de usar R$ 230 mil do fundo eleitoral para promover sua esposa nas redes sociais durante a campanha, sem sequer pedir votos para o número do partido, o 44.

Traição a Leprevost pessoalmente: O ex-candidato afirmou que Moro teria plantado diversas notícias na imprensa nacional para desestabilizar sua candidatura à prefeitura de Curitiba.

Traição à pátria: Por fim, Leprevost acusou Moro de ter feito um "acordão" com os senadores Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, prejudicando interesses nacionais, embora não tenha detalhado essa acusação.

Uma resposta contundente

Leprevost também não deixou de criticar a forma como Moro tem se comportado na vida pública. "De herói nacional que até eu admirei, o senhor apequenou-se e se transformou em um mero 'lacrador' de redes sociais", afirmou. Ele criticou ainda o fato de o senador andar cercado de seguranças pagos pelo erário público. "Se o senhor fosse amado pelo povo de Curitiba como afirma, não precisaria andar rodeado de seguranças pagos pelo povo brasileiro até para ir à feira", disparou.

O ex-secretário ainda desafiou Moro a se defender na justiça, lembrando que o senador é réu em um processo criminal. "Minha vida pública é pautada por coerência e respeito a todas as pessoas. Me esqueça e vá se defender na justiça. Pois quem é réu em processo criminal é o senhor, não eu", escreveu Leprevost.

Ao encerrar sua declaração, Leprevost pediu desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado a imposição de ter Rosângela Moro como vice em sua chapa. No entanto, ressaltou que mantém uma boa relação pessoal com ela. "Ainda hoje a tenho como uma boa pessoa", afirmou.


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