A defesa de Moro apresentou um recurso no último dia 11 de setembro, em forma de embargos de declaração, argumentando que não há provas de que o ex-juiz da Operação Lava Jato tenha participado da produção do vídeo que embasa a acusação. Nas imagens, que circularam em redes sociais, Moro aparece falando com apoiadores sobre "comprar um habeas corpus do Gilmar", o que foi interpretado pela PGR como uma acusação de corrupção passiva ao ministro do STF.
A denúncia, formalizada em abril de 2023, foi aceita em junho de 2024 pela 1ª Turma do Supremo de forma unânime. Desde então, a defesa de Moro busca reverter a decisão, alegando que o senador não tinha ciência da gravação e não pode ser responsabilizado pelas acusações. No entanto, para a PGR, a tramitação do processo não depende de provas conclusivas neste estágio.
Apesar do pedido de desculpas público feito por Moro após a divulgação do vídeo, em que ele negou ter cometido crime contra a honra de Gilmar Mendes, a denúncia foi mantida. Caso o processo continue, a PGR entende que provas mais substanciais serão necessárias para uma eventual condenação, mas o senador deve, sim, ser julgado pelas acusações.
O parecer da PGR, reforçado por Paulo Gonet, representa mais uma barreira para o ex-juiz, cuja chance de reverter o andamento do processo já era considerada baixa antes mesmo dessa manifestação. Isso se deve ao fato de que a decisão da 1ª Turma do STF de acolher a denúncia ocorreu de forma unânime.
O desfecho do caso ainda aguarda o julgamento do recurso pela ministra Cármen Lúcia, mas a sinalização da PGR é clara: o processo contra Moro deve seguir seu curso, com ou sem novas evidências sendo apresentadas nesta fase inicial.
Brasil 247
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