Em uma nota conjunta, o Ministério do Planejamento e o das Relações Exteriores informaram que, desde o início do ano, destinaram R$ 1,3 bilhão para honrar compromissos com organismos internacionais.
"Com os pagamentos, o Brasil passa a integrar grupo seleto de países que estão plenamente em dia com suas obrigações financeiras na ONU, em um momento em que a organização enfrenta dificuldades de liquidez", afirma o texto.
O anúncio aconteceu no mesmo dia em que o presidente Lula discursou na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.
A nota dos ministérios afirma que os recursos garantiram a quitação das contribuições ao orçamento da ONU em três componentes: orçamento regular, missões de paz e o Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Penais (IRMCT, na sigla em inglês). Foram destinados para isso R$ 448 milhões.
"Além de saldar, em maio, as contribuições ao orçamento regular, o Brasil pagou todas as faturas, emitidas até o momento, relativas a missões de paz e fez seu aporte anual ao IRMCT", afirma o texto.
"A quitação dos compromissos reflete o sólido apoio do país aos mandatos da ONU e ao multilateralismo, e decorre de esforço iniciado em 2023, quando, apenas no que se refere a missões de paz, foi pago mais de R$ 1,1 bilhão, em função de passivo acumulado desde anos anteriores", diz a nota.
Segundo o governo, no primeiro semestre o Brasil saldou suas contribuições junto a outros organismos internacionais, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), entre outros.
Como é tradição, o presidente brasileiro foi o primeiro a discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (24).Lula afirmou que seu governo não terceiriza responsabilidade pela onda de queimadas que assola o Brasil. Ele também usou o discurso para fazer uma crítica velada ao empresário Elon Musk, dono da rede social X, banida do Brasil por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Durante a sua estada em Nova York, o presidente tem pedido reiteradas vezes a necessidade de reforma da governança global, em particular dos órgãos da ONU, como o Conselho de Segurança.
"A exclusão da América Latina e da África de assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável de práticas de dominação do passado colonial", afirmou o presidente, ainda em seu discurso na ONU.
Nesse momento temos um PRESIDENTE que é considerado e respeitado por todos.
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