PN - O governo brasileiro conquistou nesta quinta-feira (20) uma de suas maiores vitórias diplomáticas do ano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou ordem executiva retirando a tarifa de 40% aplicada desde julho sobre mais de 200 produtos agrícolas e pecuários brasileiros, incluindo carne bovina, café, frutas tropicais, cacau e especiarias.
A medida vem exatamente uma semana após Washington derrubar a sobretaxa global de 10% sobre itens-chave da pauta exportadora brasileira e ocorre um dia depois da videoconferência entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva — citada explicitamente no decreto americano como parte decisiva do processo.
A isenção terá efeito retroativo para todos os produtos que entraram no mercado americano a partir de 13 de novembro.
No texto do decreto, Trump afirma que a retirada da tarifa decorre de recomendações técnicas e de “progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil”, formalmente iniciado após sua conversa com Lula.
A publicação acrescenta que autoridades dos EUA avaliaram que as tarifas não eram mais necessárias diante dos avanços no diálogo bilateral, o que representa uma mudança significativa após meses de tensão comercial.
Para o Itamaraty, a decisão abre espaço para a retomada plena das exportações afetadas — especialmente carne e café, que vinham sofrendo queda brusca desde agosto.
Exportações devem se recuperar imediatamente
O impacto econômico é expressivo. Com a sobretaxa, setores como o de café enfrentaram retrações drásticas: em outubro, as vendas do produto para os EUA caíram 54,4%, segundo o Conselho dos Exportadores (Cecafé). Agora, com a restituição da isonomia tarifária, o país deve recuperar rapidamente participação no mercado americano.
“A gente está em pé de igualdade — é o que sempre quisemos”, afirmou Marcos Antonio Matos, diretor-geral do Cecafé.
O setor de carne bovina também celebra, já que os EUA enfrentam inflação entre 12% e 18% no produto, em meio à redução do rebanho local.
A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) classificou a reversão como resultado do “diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro”, reforçando a estabilidade no comércio internacional.
EUA lidam com inflação alta e buscam reduzir preços internos
Um dos elementos que acelerou a decisão dos EUA foi a pressão inflacionária em alimentos. O café, por exemplo, subiu cerca de 20% no país em relação ao ano anterior.
Para Washington, retirar barreiras ao produto brasileiro — do qual é o principal fornecedor mundial — ajuda a reduzir preços ao consumidor interno.
O gesto também sinaliza interesse da Casa Branca em destravar negociações mais amplas com o governo brasileiro, que enviou propostas comerciais em estudo pela equipe de Trump.
Oposição tenta minimizar vitória, mas gesto tem peso político claro
Lideranças da oposição no Brasil tentaram desvincular a decisão de qualquer esforço diplomático brasileiro, atribuindo-a exclusivamente ao interesse dos EUA em reduzir preços internos.
No entanto, o decreto americano menciona de forma explícita a participação de Lula e o avanço das negociações bilaterais, reforçando que há, no mínimo, correlação direta entre o diálogo presidencial e a reversão tarifária.
Para o governo brasileiro, trata-se de uma demonstração de que o multilateralismo ativo e a diplomacia presidencial continuam sendo ferramentas poderosas para abrir portas comerciais.
Medida reforça liderança do Brasil e abre novo capítulo nas relações bilaterais
A retirada das tarifas encerra um ciclo de incertezas e reposiciona o Brasil no mercado americano justamente em um momento de alta demanda por alimentos. Ao mesmo tempo, fortalece o governo Lula em sua estratégia de reconstruir relações com os EUA e consolidar parcerias comerciais com impacto direto sobre a economia brasileira.
Com a vitória diplomática, o Planalto agora trabalha para aprofundar negociações em andamento e ampliar as vantagens obtidas com o gesto de Trump — um movimento que, apesar da disputa interna nos EUA, reconheceu publicamente o canal direto com o governo brasileiro.
A lista completa dos produtos beneficiados pelo decreto será analisada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Agricultura nas próximas horas, para calcular o impacto total da medida.
Com informações Portal Vermelho
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