PN - A ministra de Segurança Pública da Argentina, Patrícia Bullrich, aliada do presidente Javier Milei, é acusada de ter recebido dinheiro do narcotráfico em sua campanha presidencial de 2023. Segundo reportagem exibida pelo programa “Telenueve Denuncia”, do Canal 9, a doação de 215 milhões de pesos (cerca de 150 mil dólares) teria vindo de Alejandra Bada Vázquez, empresária ligada ao traficante internacional Federico “Fred” Machado, preso na Argentina e investigado pelos Estados Unidos.
O caso foi apresentado pelo jornalista Tomás Méndez e contou com depoimento do consultor político Gastón Alberdi, ex-assessor de Milei. Alberdi afirmou que Bada Vázquez e seu irmão, donos da empresa Lácteos Vidal, participaram de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de 3 bilhões de dólares. As transferências, segundo ele, serviram para pagar o transporte de cocaína entre a Colômbia e o México.
Fred Machado, apontado pelas autoridades norte-americanas como integrante de uma rede ligada aos cartéis de Sinaloa e do Vale da Colômbia, está preso em Viedma, na Patagônia, aguardando extradição para os Estados Unidos. Sua sócia, Debra Lynn Mercer-Erwin, já foi condenada a 16 anos de prisão. Documentos da Justiça dos EUA indicam que o grupo de Vázquez recebeu mais de 3 milhões de dólares em dez transferências bancárias.
A relação entre Bullrich e os empresários surgiu em 2023, quando ela defendeu publicamente a Lácteos Vidal durante uma greve trabalhista. À época, a empresa era denunciada por violações de direitos trabalhistas e fazia parte do “Movimento Anti-Bloqueo”, criado por empresários ligados ao ex-presidente Mauricio Macri para enfraquecer sindicatos. Bullrich afirmou em suas redes sociais que “a Argentina precisa deixar para trás os sindicalismos mafiosos”.
A denúncia também envolve outros aliados do governo Milei. Em janeiro, um avião apreendido com 359 quilos de cocaína ligou empresários do mesmo grupo à empresa Transporte El Nacional, controlada por Marcia Roncero, esposa de Vidal Bada Vázquez. No episódio, o piloto brasileiro Carlos Costa Diaz foi preso ao lado da boliviana Jade Isabela Callaú, conhecida como “Miss Bolívia”. Ambos são investigados por tráfico internacional.
Enquanto o caso repercute na imprensa argentina, a oposição cobra explicações do governo. Na última semana, José Luis Espert, candidato de Milei à Câmara, renunciou após ser acusado de receber 200 mil dólares do mesmo grupo. Paralelamente, um oficial da Gendarmeria subordinada ao ministério de Bullrich foi preso com cocaína e dinheiro em espécie, reforçando suspeitas de infiltração do crime organizado nas forças de segurança.
Com informações DCM
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