PN - O Coldplay comemorou o fim de sua série recorde de 10 shows no Estádio de Wembley com uma noite deslumbrante e multicolorida de magia musical.
Tocando sucessos de todas as épocas de seus 25 anos de carreira, eles encheram o estádio de luz e até se deliciaram com uma versão animada de I Wanna Dance With Somebody, de Whitney Houston. "Essa é a música que eu ouço no estacionamento", brincou o cantor Chris Martin.
O show encerrou a última etapa da turnê Music Of The Spheres, que deu a volta ao mundo quatro vezes desde 2022. Agora é a turnê com maior público da história, com mais de 13 milhões de ingressos vendidos.
No palco, Martin prometeu que tudo seria retomado "em algum lugar no sul da África em cerca de 18 meses".
O show de sexta-feira foi realizado com quase uma semana de atraso, depois que uma greve dos trabalhadores do transporte de Londres forçou a banda a adiar.
"Sei que causou muitos transtornos para muitos de vocês", disse Martin à plateia. "Em troca, faremos um show quinze vezes melhor do que qualquer outro que já fizemos. Essa é a promessa."
Eles podem não ter atingido esse objetivo — o Coldplay já havia estabelecido um padrão ridiculamente alto para si mesmo —, mas essa foi uma encenação de estádio no seu melhor. O concerto é uma sobrecarga sensorial, cheio de pulseiras de LED, chuva de confete, luzes de laser, infláveis giratórios, óculos 3D que transformam tudo em corações e estrelas, e até mesmo um breve show de marionetes (os operadores, Drew e Nicolette, ficaram noivos alegremente durante o concerto do último sábado).
Martin é a cola que mantém tudo unido. Ele salta pelo palco como um cachorrinho — ou seria um pastor de jovens? —, percorrendo toda a extensão da passarela várias vezes nas primeiras músicas.
Seu plano não é apenas diminuir a distância entre a banda e o público, mas sim destruí-la completamente.
"Eu vejo vocês", ele diz repetidamente, identificando superfãs na frente e figuras distantes nos assentos vertiginosos.
"Vejo vocês aqui com uma bandeira do Brasil. E vejo vocês também, no canto superior, com luzes no corpo. Parecem do filme Tron."
É um espetáculo, com certeza, mas promove uma incrível sensação de união. As pulseiras de LED também desempenham um papel fundamental, tornando todos na plateia parte de uma gigantesca tapeçaria de luz. E há uma euforia coletiva em cantar junto sucessos como Paradise, The Scientist, Yellow e Sky Full of Stars.
Depois dos primeiros 30 minutos, percebi que mal tinha olhado para as telas gigantes acima do palco.
O público é o show.
Com informações BBC
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