“Este plano é mais um passo para ‘limpar’ a área de palestinos e, talvez até construir novos assentamentos em Gaza, que foram desmontados em 2005. Inclusive já tem pessoas mobilizadas dentro de Israel para fazer isso”, disse à reportagem o doutor em relações internacionais e pesquisador da questão palestina Arturo Hartmann .
Atualmente, militares israelenses controlam 88% da Faixa de Gaza. A ofensiva militar aprovada almeja dominar esse último bolsão controlado pelo Hamas – que já disse que irá resistir. Há temor dentro de Israel de que o aumento dos combates no norte de Gaza coloque em risco a vida dos cerca de 20 prisioneiros israelenses que seguem em poder do grupo.
Hartmann lembra que Israel deseja desde o início do genocídio levar adiante a ocupação total de Gaza. “Na primeira semana, em outubro de 2023, vazou um plano da inteligência israelense no qual uma das possibilidades políticas para Gaza era o controle e a ocupação militar israelense e a instalação de um governo que não fosse ligado às forças políticas do Palestina”, diz ele.
Nesta semana o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel não pretende governar a Faixa de Gaza, apenas ter controle militar. A administração da terra palestina ficaria a cargo de uma força estrangeira de ocupação comandada por países árabes aliados de Israel. Mas Hartmann duvida que a ideia saia do papel.
“Acredito que nenhum país árabe vai embarcar nessa, inclusive por pressão popular dentro desses países. A Arábia Saudita já declarou hoje que é contra esse plano do Netanyahu, e alguma força palestina vai ter que surgir para se acoplar ao poder israelense, que tope colaborar com seu governo. Esse é um cenário mais difícil de Israel encontrar.”
Com informações BdF
Contribuição para o blog DOE AQUI.
Faça a sua publicidade AQUI.
Segue o canal Planetário Notícias no WhatsApp
O diário proibido de Ana: Amazon
Patrocinadores:
Você terá uma belíssima surpresa, clica no link abaixo:
Comentários