Escândalo de corrupção acaba com a imagem de Javier Milei na Argentina


 PN - O governo do presidente argentino Javier Milei atravessa a fase mais conturbada desde a posse, em dezembro de 2023. Áudios que ligam sua irmã, Karina Milei, a um suposto esquema de propinas espalharam desconfiança na política, nas ruas e nos mercados, em meio à queda de popularidade do presidente e de acirramento eleitoral.

 As primeiras gravações vieram a público em 20 de agosto. Em uma delas, Diego Spagnuolo, ex-diretor da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), acusa Karina Milei – secretária-geral da Presidência e considerada braço direito do presidente – de receber propina de indústrias farmacêuticas em contratos de fornecimento de medicamentos para a rede pública. 

Spagnuolo também aponta o subsecretário Eduardo Menem como participante do esquema. “Karina leva 3%”, afirma em um dos trechos. O ex-funcionário, que também foi advogado de Milei, garante ter informado o presidente sobre as irregularidades. Após o vazamento, ele foi demitido, e dias depois novas gravações voltaram a alimentar as suspeitas. Reação do governo.

Karina Milei não se pronunciou publicamente até agora. Javier Milei, porém, reagiu defendendo a irmã.

Em entrevista ao canal C5N, Milei afirmou que as acusações são “mentirosas” e prometeu acionar judicialmente o ex-aliado: “Tudo o que ele diz é mentira. Vamos levá-lo à Justiça e provar que mentiu”.

O caso atinge em cheio a governabilidade do presidente. Duas semanas antes das eleições na província de Buenos Aires e a dois meses do pleito legislativo de meio de mandato, Milei vê sua imagem fragilizada.

A denúncia já está nas mãos da Justiça. O juiz federal Sebastián Casanello ordenou 16 mandados de busca, que resultaram na apreensão de celulares de Spagnuolo e de diretores da farmacêutica Suizo Argentina, citada nos áudios.

Derrotas no Congresso agravam isolamento político

Se o escândalo de corrupção desgasta a imagem do governo no campo eleitoral, as derrotas sucessivas no Congresso ampliam a sensação de fragilidade política. Neste mês, a Câmara derrubou o veto presidencial a uma lei que ampliava recursos para o atendimento de pessoas com deficiência, justamente no setor onde surgiram as denúncias de irregularidades.

A medida foi interpretada como um recado direto de que a base parlamentar de Milei está enfraquecida.

No Senado, a situação também foi desfavorável ao governo. Parlamentares rejeitaram uma série de decretos que buscavam reduzir gastos estatais, além de aprovarem o aumento do orçamento destinado à saúde e às universidades públicas, medidas contrárias à agenda de ajuste fiscal defendida pelo presidente. Protestos

A pressão política também chegou às ruas. Na última quarta-feira (27/8), Milei foi alvo de um ataque durante uma carreata em Buenos Aires. Manifestantes cercaram sua comitiva, atiraram pedras e objetos contra veículos oficiais e obrigaram o presidente a se retirar do local sob escolta.

Com informações Metrópoles


Contribuição para o blog DOE AQUI.

Faça a sua publicidade AQUI.


Segue o canal Planetário Notícias no WhatsApp

O diário proibido de Ana: Amazon 


Patrocinadores:

Você terá uma belíssima surpresa, clica no link abaixo:

@Amazon  CLICA AQUI

Comentários