Efeito Lula: Botijão de gás pode custar R$ 35 na Petrobras.


 PN - O gás de cozinha pode se tornar mais barato nos próximos anos caso avance a decisão da Petrobras de voltar ao mercado de distribuição de GLP. A medida foi aprovada pelo conselho de administração da estatal e tem como objetivo intervir em um setor onde a margem de lucro das distribuidoras disparou, mas a queda nos preços nas refinarias raramente chega ao bolso do consumidor.

A proposta, apresentada pela conselheira eleita pelos trabalhadores, Rosangela Buzanelli, recebeu apoio unânime, inclusive de acionistas minoritários ligados ao mercado financeiro. O retorno à distribuição, abandonada em 2020 com a venda da Liquigás, ainda depende de estudos internos, mas já conta com respaldo do governo e de órgãos reguladores.

Levantamento da Empresa de Pesquisa Energética aponta que, entre 2010 e 2023, as margens líquidas das distribuidoras cresceram quase quatro vezes mais que a inflação. Para Buzanelli, isso evidencia que a concorrência é insuficiente e que o consumidor paga mais do que deveria. 

“Não faz sentido reduzir o preço na refinaria e não ver o desconto no botijão”, afirmou em entrevista à Agência Eixos. “Se o mercado estivesse regulado, dentro de uma situação mais justa, talvez a gente não tivesse tanta pressa”, avalia Buzanelli, conselheira que levou proposta aprovada na Petrobras para voltar ao GLP. Preço na refinaria x preço ao consumidor

Em maio, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que o preço do GLP na refinaria caiu para cerca de R$ 35 a R$ 36 por botijão de 13 kg, mas, em algumas regiões, o valor final ao consumidor chega a R$ 170.

 Segundo ela, a estatal perdeu capacidade de influenciar diretamente na formação de preços após a venda da Liquigás e o mercado passou a operar com margens “gigantescas”, por vezes superiores às do pré-sal. Magda também criticou o crescimento do uso industrial do GLP sob justificativa de consumo doméstico e disse que a Petrobras vem tentando conter a prática com leilões.

O movimento da Petrobras ocorre junto a discussões da Agência Nacional do Petróleo para rever as regras do setor. Entre as mudanças previstas está o fim da exclusividade no enchimento dos botijões de 13 kg, permitindo que empresas autorizadas possam atender qualquer marca. A expectativa é que a abertura aumente a competição e pressione por preços menores.

A decisão também acompanha o bom momento financeiro da companhia. No segundo trimestre, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões e recolheu R$ 66 bilhões em tributos. Segundo integrantes do governo, parte dessa força financeira pode ser usada para reposicionar a estatal como agente de moderação de preços no mercado de GLP.

Com informações Revista Forum


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