PN - A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desrespeitava de forma consciente as restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A análise dos dois celulares apreendidos no último mês revelou provas de que Bolsonaro recorria a familiares, aliados e perfis alternativos para manter sua influência política, mesmo após determinação judicial. PF aponta desobediência deliberada
O primeiro aparelho foi recolhido em 21 de julho, quando Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica.
Já o segundo celular foi apreendido em 4 de agosto, durante nova operação autorizada pelo STF, após indícios de descumprimento das medidas cautelares.
Segundo relatório da PF, Bolsonaro tinha “plena ciência” dos limites definidos e atuava de forma dolosa para burlar as proibições.
A investigação aponta envio de mensagens em vídeo a apoiadores, usadas em manifestações como a ocorrida na orla de Copacabana e publicadas no Instagram pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), posteriormente apagadas. Moraes endurece medidas
Diante das violações, Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente em 4 de agosto.
À época, classificou a conduta como “completo desrespeito” às ordens do STF e ampliou as restrições, que já incluíam toque de recolher, tornozeleira eletrônica e proibição de contato com outros investigados.
Para o ministro, as manobras de Bolsonaro buscavam instigar apoiadores contra as instituições democráticas.
As medidas mais severas foram, segundo Moraes, necessárias para conter a escalada de afrontas à Justiça.
Rede de aliados como instrumento político
A PF detalhou que a estratégia de Bolsonaro incluía o uso sistemático de terceiros para manter ativa sua presença política.
Além dos filhos, nomes próximos e operadores digitais serviam de canais para mensagens veladas ou explícitas contra o STF.
Essa prática, avaliam investigadores, reforça o papel do ex-presidente na tentativa de mobilizar bases políticas mesmo sob restrições.
Os relatórios foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR), que prepara manifestação ao STF.
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Julgamento decisivo em setembro
O episódio amplia a pressão sobre Bolsonaro às vésperas do julgamento do “núcleo 1” da tentativa de golpe, marcado pelo ministro Cristiano Zanin para setembro. A sessão avaliará provas contra oito réus, incluindo o ex-presidente, por participação no planejamento e execução de atos golpistas.
As sessões ocorrerão em 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, manhã e tarde. A defesa de Bolsonaro insiste em negar irregularidades, mas enfrenta o peso das provas reunidas pela PF e pela PGR.
Com informações Diário Carioca
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