PN - Não quer perder de continuar mamando nas tetas da nação. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) admitiu ter se arrependido de uma publicação em que sugeria a Donald Trump a imposição de sanções contra autoridades brasileiras, em meio a nova ofensiva do STF contra seu pai, Jair Bolsonaro.
Ao comentar, pela CNN Brasil, uma postagem apagada pouco após ser publicada, Flávio Bolsonaro reconheceu que agiu por impulso. O conteúdo da mensagem pedia ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que suspendesse a tarifa de 50% sobre importações brasileiras e, em seu lugar, aplicasse sanções individuais a autoridades que, segundo ele, “violam direitos humanos e implodem a democracia para satisfazer o próprio ego”.
A mensagem foi divulgada em 18 de julho, mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal impôs novas medidas cautelares contra Jair Bolsonaro. Internamente, o gesto do senador foi visto como uma tentativa mal calibrada de resposta à ofensiva do Judiciário. Ao perceber a repercussão negativa, Flávio apagou o post e publicou outro, mais genérico, pedindo “resiliência” ao pai.
“Quando apertei o send, já me arrependi”, disse ele. “Não quero parecer que estou fazendo análise sobre se o Trump está certo ou errado. Só queria expressar indignação.”
Bolsonarismo em alerta
A declaração evidenciou o mal-estar crescente no núcleo político do bolsonarismo. Nos bastidores, aliados interpretaram a publicação como um erro estratégico, que alimenta acusações de submissão a interesses estrangeiros. O trecho em que Flávio defende sanções a autoridades brasileiras foi visto como grave até por parlamentares próximos ao PL.
Monitorado constantemente pelas redes e pela imprensa, o senador vem ajustando seu tom desde que a polarização em torno de Jair Bolsonaro voltou ao centro do debate público, especialmente após decisões recentes do STF envolvendo investigações sobre tentativa de golpe.
Aço, eleições e chantagem
Durante a mesma entrevista, Flávio comentou a recente taxação imposta pelos Estados Unidos às exportações brasileiras de aço. Em sua avaliação, a responsabilidade pela crise comercial seria do próprio Brasil, e não de Washington.
“Se o Brasil fizer o dever de casa, acaba a sanção no mesmo dia”, afirmou. Ele insinuou que a reabilitação eleitoral de Bolsonaro resolveria o impasse: “Se a gente fizer eleições com Jair Bolsonaro nas urnas, não vamos mais ser tratados como Venezuela”.
A declaração reforça a linha retórica bolsonarista de condicionar acordos internacionais à anistia e ao retorno político do ex-presidente. Ao mesmo tempo, amplia o desgaste com setores empresariais que veem o protecionismo norte-americano como resultado de desequilíbrios diplomáticos agravados pela postura ideológica do clã Bolsonaro.
Defesa ao irmão e aceno à base
Flávio também saiu em defesa do irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), frequentemente citado como articulador entre o bolsonarismo e a ultradireita norte-americana. “Eduardo não pode ser usado de desculpa”, disse o senador, rechaçando a ideia de que a presença do deputado em eventos conservadores tenha motivado retaliações de Washington.
Apesar do recuo pontual, a fala do senador manteve o tom de confronto com o Estado brasileiro e reforçou a estratégia do bolsonarismo de internacionalizar sua narrativa, mesmo sob risco de aprofundar o isolamento político.
Com informações Diário Carioca
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