PN - O Brasil se despede de um dos maiores ícones da televisão. Morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, considerado um dos maiores galãs da teledramaturgia brasileira.
A informação foi confirmada por familiares. O artista estava internado há 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações de saúde agravadas por uma infecção.
A causa exata da morte não foi divulgada. Figura central na história da TV brasileira, Cuoco marcou gerações com atuações memoráveis que atravessaram mais de seis décadas de carreira, consolidando seu nome entre os maiores atores do país.
Uma vida dedicada à arte
Francisco Cuoco nasceu em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, filho de imigrantes italianos. De origem humilde, trabalhou como feirante na juventude, enquanto cursava teatro na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP).
A estreia nos palcos veio em 1958, em uma peça dirigida por Alberto D’Aversa, ao lado de gigantes como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto. No ano seguinte, integrou o lendário Teatro dos Sete, grupo responsável por modernizar o teatro brasileiro.
Logo migrou para a televisão, inicialmente em teleteatros da TV Tupi e, posteriormente, na TV Record, onde protagonizou sua primeira novela, “Marcados Pelo Amor” (1964). O sucesso veio com “Redenção” (1966), até hoje a novela mais longa da história da TV brasileira.
A era de ouro na TV Globo
A consagração definitiva de Francisco Cuoco ocorreu na Rede Globo, onde estrelou algumas das novelas mais emblemáticas do país. Seu carisma, a voz grave e a postura elegante fizeram dele o galã absoluto dos anos 1970 e 1980.
Entre seus papéis mais memoráveis estão:
Simão em “Selva de Pedra” (1972), formando o casal dos sonhos dos brasileiros ao lado de Regina Duarte.
Carlão, o taxista honesto de “Pecado Capital” (1975), que virou símbolo do homem trabalhador brasileiro.
O inesquecível Herculano Quintanilha, de “O Astro” (1977), um dos maiores sucessos da dramaturgia nacional, que em 2011 ganhou remake com Cuoco no elenco.
Paulo Della Santa e Denizard de Mattos, personagens que dividiam a mesma trama em “O Outro” (1987), numa das atuações mais desafiadoras de sua carreira.
Ainda brilhou em novelas como “Torre de Babel” (1998), “Celebridade” (2003), “Ti Ti Ti” (2010) e “Sol Nascente” (2016), sua última participação como protagonista.
No teatro e no cinema
Embora tenha se dedicado mais à TV, Cuoco nunca abandonou os palcos. Atuou em peças como “Três Homens Baixos” (2004), “Deus é Química” (2009) e “Uma Vida no Teatro” (2013), esta última em parceria com Cláudio Fontana.
No cinema, participou de produções importantes como:
“Cafundó” (2005), que mistura ficção e realidade.
“Traição” (1998) e “Gêmeas” (1999), dramas elogiados pela crítica.
“Um Anjo Trapalhão” (2000), comédia para o público infantil.
Voz e música
Pouca gente sabe, mas Francisco Cuoco também se aventurou na música. Em 1975, lançou o LP “Solead”, com canções românticas, e depois gravou o álbum “Paz Interior”, com 16 orações católicas musicadas.
Vida pessoal
Discreto fora das telas, Cuoco teve três filhos: Rodrigo, Diogo e Tatiana, esta última residente em Londres, que esteve no Brasil para acompanhar seus últimos dias. O ator vivia há alguns anos em São Paulo, em companhia da irmã Grácia Cuoco, que o auxiliava nos cuidados diários.
Despedida e legado
Com sua partida, o Brasil perde não apenas um galã, mas um dos pilares da teledramaturgia. Cuoco foi testemunha da transformação da televisão brasileira e protagonista de algumas das obras mais amadas do público.
Ao longo de sua carreira, Francisco Cuoco participou de mais de 40 novelas, dezenas de peças, filmes e minisséries, sendo considerado patrimônio da cultura nacional.
O velório e o sepultamento ocorrerão em cerimônia restrita à família e amigos próximos, em São Paulo.
Com informações do Diário Carioca
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