“Às 00h23, horário de Malta, o Conscience, um navio da Coalizão da Flotilha da Liberdade, foi atacado diretamente em águas internacionais”, disse o grupo em um comunicado.
“Drones armados atacaram a frente de uma embarcação civil desarmada duas vezes, causando um incêndio e uma ruptura substancial no casco”, acrescentou, culpando Israel .
Israel não comentou a alegação.
O ataque aparentemente teve como alvo o gerador do barco na manhã de sexta-feira, deixando-o sem energia e em risco de naufrágio, disseram os ativistas. Imagens postadas nas redes sociais pela Coalizão Flotilha da Liberdade mostraram um incêndio violento a bordo do navio e explosões.
Doze tripulantes e quatro civis foram "confirmados em segurança", informou o governo maltês em um comunicado na sexta-feira. "A embarcação tinha 12 tripulantes a bordo e quatro passageiros civis; não houve registro de vítimas", informou o comunicado, acrescentando que um rebocador próximo havia sido designado para socorrer a embarcação.
O grupo disse que ativistas de 21 países estavam a bordo em uma "missão para desafiar o cerco ilegal e mortal de Israel a Gaza e entregar ajuda desesperadamente necessária para salvar vidas".
A declaração dizia: “Os embaixadores israelenses devem ser convocados e responder pelas violações do direito internacional, incluindo o bloqueio em curso e o bombardeio de nossa embarcação civil em águas internacionais”.
Israel impôs um bloqueio rígido a Gaza há dois meses, não permitindo a entrada de alimentos, combustível, remédios ou outros itens no território, e retomou intensas operações militares em Gaza em meados de março, após o frágil cessar-fogo ter fracassado.
Organizações humanitárias em Gaza distribuíram o restante de seus estoques de farinha e outros alimentos. Autoridades no território palestino devastado disseram na sexta-feira que as cozinhas que servem refeições básicas para aqueles sem outra opção seriam forçadas a fechar dentro de uma semana a 10 dias.
Autoridades israelenses justificam o bloqueio alegando que o Hamas rouba ajuda humanitária rotineiramente, distribuindo-a aos seus combatentes ou vendendo-a. Autoridades humanitárias em Gaza negam qualquer roubo generalizado de ajuda nos últimos meses.
Uma Flotilha da Liberdade anterior, lançada do sul da Turquia em 2010, terminou em derramamento de sangue quando forças israelenses invadiram o navio Mavi Marmara, matando 10 pessoas e ferindo 28.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis. O Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo Hamas, informou na quinta-feira que pelo menos 2.326 pessoas foram mortas desde que Israel retomou os ataques, elevando o número total de mortos desde o início da guerra para 52.418, também a maioria civis.
Com informações do The Guardian
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