Anistia aos golpistas é rejeitada por mais de 90% em enquete da Câmara; saiba como votar


 PN - Bolsonaristas na Câmara dos Deputados vêm tentando paralisar os trabalhos da Casa, atrasando a votação de matérias importantes ao país, para pautar o Projeto de Lei (PL) 2858/2022, que visa conceder anistia aos golpistas do 8 de janeiro e, consequentemente, livrar da cadeia o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por liderar a organização criminosa que tentou um golpe de Estado no país. 

A proposta, entretanto, além de ser considerada inconstitucional, não tem respaldo popular. Aberta desde novembro de 2024, uma enquete no site da Câmara sobre o projeto de lei revela que a anistia aos golpistas é rejeitada por mais de 90% dos votantes. 

Até a publicação desta matéria, 200.330 pessoas (91%) haviam declarado "discordar totalmente" da proposição, enquanto apenas 19.117 (9%) escolheram a opção "concordo totalmente". Apesar de expressar a opinião de parte da população, a enquete não tem caráter deliberativo e não determina se a matéria será ou não votada ou aprovada pelos deputados. Ela serve como um termômetro informal da opinião pública sobre o tema, permitindo que parlamentares e cidadãos acompanhem a repercussão social de determinadas propostas legislativas.

Para votar na enquete, clique aqui.

A extrema direita sofreu uma derrota histórica na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (1). A obstrução organizada pela bancada do PL, partido de Jair Bolsonaro, bolsonaristas e oposição como um todo, que tinha como objetivo pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto que concede anistia aos golpistas do 8 de janeiro fracassou e uma Medida Provisória (MP) do governo Lula foi aprovada em plenário.

Os 92 parlamentares da bancada do PL, a maior da Câmara, aliados a outros deputados da oposição, deram início a uma obstrução que visava paralisar todos os trabalhos da Casa até que o projeto da anistia fosse colocado em votação. A obstrução é uma tática, prevista no regimento, usada para atrasar ou impedir a votação de propostas. Ela envolve ações como pedir retirada de pauta, adiamento de discussão ou verificação de quórum. Geralmente, é usada como forma de protesto ou pressão política. 

"Enquanto ele [Hugo Motta] não decide, o PL vai estar em obstrução total", disse o líder da bancada do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).

A estratégia, entretanto, não deu certo. Apesar de ter conseguido obstruir os trabalhos de algumas comissões, a oposição fracassou ao tentar impedir votação em plenário de uma Medida Provisória (MP) do governo Lula que abre crédito extraordinário de R$ 938 milhões a ministérios financiarem medidas de combate a queimadas. A MP não só foi votada, como foi aprovada com 317 votos a favor e apenas 92 contrários. 

Para o líder da bancada do PT, deputado Lindbergh Farias, com o fracasso da obstrução da oposição e aprovação da MP do governo Lula, o "sonho" de bolsonaristas de anistiar os golpistas e, assim, beneficiar Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, "fica mais distante". 

"Hoje é um dia histórico pra democracia. Grande Vitória do Poder Legislativo. Não teve anistia e nós vencemos a obstrução do PL na Câmara. O sonho golpista de uma anistia pros crimes de Bolsonaro está cada vez mais distante", disse o petista. 

O presidente da Câmara, Hugo Motta, por sua vez, iniciou a sessão desta terça-feira com um recado aos bolsonaristas que estavam deflagrando a obstrução, sinalizando que não pautará o projeto de anistia aos golpistas. O parlamentar destacou a importância de se aprovar, por exemplo, o projeto de lei que impõe a reciprocidade de regras ambiental e comercial nas relações do Brasil com os Estados Unidos, que horas depois foi aprovado pelo Senado e deve ser apreciado pelos deputados nesta quarta-feira (2). 

"Este episódio entre os EUA e o Brasil deve nos ensinar definitivamente que nas horas mais importantes não existe Brasil de esquerda com Brasil de direita. Ninguém é dono do povo, ninguém pode falar pelo povo. Não é hora de seguirmos ninguém, mas de agirmos com desprendimento político, sem qualquer tipo de mesquinhez e agir com altivez, mas sem falsos heroísmos", disse. 

Créditos: Revista Forum

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