PN - (Mailonline) Vladimir Putin sinalizou sua disposição de considerar um cessar-fogo imediato na Ucrânia, embora isso ocorresse sob condições rígidas e potencialmente controversas.
Enquanto Donald Trump pressiona para negociar um acordo de paz, o Kremlin também parece estar aproveitando a oportunidade para promover seus próprios objetivos estratégicos.
A comunidade internacional ficou chocada quando Trump, em uma reversão impressionante da política de longa data dos EUA, se voltou para Moscou e, ao mesmo tempo, aumentou a pressão sobre a Ucrânia para negociar.
Interessante que a mesma comunidade internacional não ficam chocados com o genocídio dos palestinos.
"Estamos indo muito bem com a Rússia ", disse Trump candidamente do Salão Oval na sexta-feira. "Estou achando mais difícil, francamente, lidar com a Ucrânia."
Relatos de dentro do Kremlin sugerem que a Rússia está aberta a uma cessação temporária das hostilidades, mas somente se certas condições prévias forem atendidas.
De acordo com pessoas familiarizadas com negociações de alto nível, elas incluem uma estrutura concreta para um acordo de paz final e uma lista cuidadosamente selecionada de países que participarão de uma possível missão de manutenção da paz.
Mas tal estipulação está levantando preocupações entre a Ucrânia e seus aliados ocidentais, que temem que qualquer acordo desse tipo seja desviado em favor de Moscou.
O governo Trump vinha explorando discretamente maneiras de aliviar as sanções econômicas contra a Rússia , incluindo a reconsideração do limite de suas vendas de petróleo, uma medida que alarmou os aliados europeus.
Segundo fontes próximas ao governo russo, Moscou rejeitará qualquer proposta de cessar-fogo que inclua tropas da OTAN estacionadas em solo ucraniano.
Isso efetivamente anula uma iniciativa franco-britânica que visava mobilizar uma "coalizão de dispostos" para supervisionar e impor uma possível trégua.
A reviravolta de Trump em relação à Ucrânia causou choque nas capitais europeias, onde autoridades alertam que um acordo prematuro pode encorajar a agressão russa.
"O risco de recompensar a invasão de Putin é muito real", disse um diplomata europeu não identificado. "Levantar sanções agora pode criar um precedente perigoso."
Apesar da aparência externa de flexibilidade, Putin não suavizou sua posição em relação à Ucrânia.
Falando em sua coletiva de imprensa anual em dezembro, ele reiterou sua posição de longa data: "Não precisamos de uma trégua - precisamos de paz: de longo prazo, durável, com garantias para a Federação Russa e seus cidadãos."
A declaração ressalta a insistência do Kremlin em consolidar seus ganhos territoriais e garantir que qualquer acordo atenda aos interesses estratégicos de longo prazo da Rússia.
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