Efeito Lula: famílias voltam à classe média após golpe contra Dilma, diz estudo do "mercado".


 PN - (Forum) Por Plínio Teodoro. 

O presidente Lula conhecido, respeitado e amado mundialmente como um dos maiores líderes desse século, existem vozes que ele é um forte candidato ao Nobel. 

Infelizmente por alguns brasileiros fanáticos, ele é odiado por não terem a compreensão do jogo político da extrema-direita que jogam com as fakenews para desacreditar o grande líder. (PN)

No ano de 2024, segundo do terceiro mandato de Lula na Presidência, marcou o retorno das famílias brasileiras à classe média, após amargar a recessão e a pobreza desde o golpe contra Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Os dados são de uma pesquisa inédita, revelada neste domingo (5) pelo jornal O Globo, da Consultoria Tendências, que tem como principais sócios Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central nos governos FHC e Itamar Franco, Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda na gestão José Sarney.

Dados da pesquisa feita pela consultoria, que se alinha aos anseios do "mercado", mostra que 50,1% das famílias brasileiras tiveram rendimento acima de R$ 3,4 mil mensais no ano passado. 

O valor coloca essas famílias na classe média [classe C, na linguagem do mercado] ou acima. A última vez que isso ocorreu foi em 2015, quando 51% dos brasileiros se concentravam da classe média para cima, mesmo sob ataques especulativos ao governo Dilma, alvo de um golpe um ano depois. 

Em 2023, no primeiro ano de Lula após o fim do governo Jair Bolsonaro (PL), os domicílios das classes C, B e A representavam 49,6%.

"Desde 2023 houve migração importante das famílias da classe D/E para a classe C, decorrente da melhora significativa do mercado de trabalho no pós-pandemia", disse Camila Saito, economista da Tendências, ao jornal da família Marinho.

Emprego e renda

Segundo a Tendências, o principal fator de ascensão dos brasileiros à classe média em 2024 foi a política de emprego do governo Lula, que garantiu estabilidade de renda às famílias.

Em novembro, a taxa de desemprego bateu recorde histórico de 6,1%, o menor da série histórica medida pelo IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a PNAD Contínua, desde 2012.

Segundo o IBGE, o número de trabalhadores chegou a 103,9 milhões, um recorde histórico. No trimestre encerrado em novembro, 1,4 milhão de brasileiros conseguiram um emprego. No ano, o número de trabalhadores que conseguiram uma colocação ou voltaram ao mercado de trabalho chega a 3,4 milhões.

Com a explosão de vagas de emprego, os cargos que exigem mais dos trabalhadores passaram a ter mais dificuldades para serem preenchidas.

Um dos setores com mais dificuldades para contratação é o de bares e restaurantes. O fenômeno se dá por conta da falta de horário fixo, jornadas que entram madrugada adentro e também nos fins de semana.

Com a possibilidade de escolha, o Brasil acumulou um recorde histórico: nunca tanta gente pediu demissão, quase 8,5 milhões de brasileiros em 2024.

Segundo a Tendências, nas classes C e B,  a principal fonte de renda vem do trabalho, e a massa salarial (total dos ganhos de todos os trabalhadores) aumentou nos últimos anos, especialmente por causa da política de valorização real do salário mínimo em 2023 e 2024, após Michel Temer (MDB) e Bolsonaro barrarem os reajustes acima da inflação.

"Isso acarretou melhor desempenho dessas classes em relação às demais", diz Camila, sobre uma das principais políticas de Lula.

Segundo o estudo, com salários, benefícios sociais, aposentadorias e pensões, e outras rendas como juros de investimentos, a renda total no ano passado subiu em média 7% no país.

No entanto, na classe C - onde estão as famílias com rendimento domiciliar entre R$ 3,5 mil e R$ 8,1 mil -, este avanço foi bem maior, de 9,5%.

Na classe B, que reúne os domicílios com rendimentos entre R$ 8,1 mil e R$ 25 mil, o avanço nos ganhos foi de 8,7%, o segundo melhor desempenho.

Para 2025, a Tendências projeta um novo crescimento, de 6,4%, na classe C, enquanto nas demais o aumento na renda deve girar em torno de 3,8%.

Ao jornal O Globo, o economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, afirma que o Brasil teve, em 2024, resultados sociais melhores que os de 2014, considerado referência para o mercado de trabalho.

Nos nossos estudos da nova classe média, três componentes estavam presentes: crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), como está havendo nos últimos dois anos; crescimento da renda do trabalho bem acima do PIB, que está acontecendo também. Em 2023, a alta do rendimento do trabalho só perdeu para o boom do Real (em 1994) em único ano", disse.

Segundo Neri, ao turbinar a classe média, Lula atua diretamente na queda da desigualdade no Brasil.

"No ano passado, entrou um elemento novo, ausente da cena nos últimos anos, que foi a queda na desigualdade. Até o terceiro trimestre, a renda média domiciliar per capita em 12 meses cresceu 6,98%, mas entre os 50% mais pobres, a alta foi 10,2%", diz, apontando que a queda do desemprego foi responsável por 40% do aumento da renda das famílias.

O economista lembra que foram criadas 3,6 milhões de vagas com carteira assinada de janeiro de 2023 a setembro de 2024.

Camila Saito, da Tendências, aponta ainda que os ganhos da classe média só não foram melhores por causa da política monetária do Banco Central, que manteve a Selic nas alturas e sinalizou um novo ciclo de aumentos na taxa básica de juros, após subir 1 ponto percentual em dezembro, elevando para 12,25%.

"Com a trajetória de aumento da Selic, a estimativa para a massa “outros” é de uma alta de 7,8%. Assim, o aumento dos juros deve favorecer a classe A e, em menor medida, a classe B também. Além disso, os níveis elevados da inflação prejudicam mais as famílias mais pobres", diz a economista.


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