Primeira travesti doutora do Brasil fala sobre o poder da cultura

Ser travesti no Brasil não é fácil, mas há alguns anos a situação era ainda mais insustentável. Assumir a atração sexual por alguém do mesmo sexo e ainda se vestir como uma mulher era ato de extrema coragem, pois implicava desprezo familiar, restrição profissional, violência social [seja física ou psicológica]. Poucas travestis conseguiram fazer mais do que cair no mundo da prostituição para sobreviver.


A primeira travesti doutora no Brasil, Luma Nogueira de Andrade, defendeu sua tese em 2012. Ela foi uma das convidadas para compor mesa de discussão sobre gênero em evento ocorrido este mês na Universidade Federal de Mato Grosso.


Atualmente, Luma é professora na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira [Unilab], em Redenção [CE], e, inclusive, foi a primeira travesti concursada numa Federal. A instituição tem como objetivo contribuir com a integração entre o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa [CPLP], especialmente os países africanos, bem como promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, científico e educacional.


A Unilab, portanto, é um palco de convergência das diferenças. “Temos contato com outras formas de pensar. A gente acaba vivendo e respirando em um laboratório vivo”, salienta a pesquisadora, lembrando que recebe estudantes de África e Ásia com frequência.

Reportagem completa no site TopNews

Comentários