Mulher, Mulher
Ser mulher não é uma tarefa muito fácil. Às mulheres é demandado a perfeição. Os belos cabelos, corpo perfeito, rosto proporcional. O primeiro olhar do homem é atraído por nossos atributos físicos, poucos são aqueles que conseguem enxergar além da embalagem. Por isso, e com isso em nossas cabeças, seguimos no mundo tentando agradar aos homens, nos enfeitamos na intenção de enfeitiçar. Acabamos escravas deste olhar masculino que tudo demanda e, muitas vezes, pouco partilha.
Quantas mulheres são trocadas por outras mais jovens quando chega a meia idade? Quantas mulheres se violentam, fazem plásticas, negam a idade, morrem em salas de cirurgia em busca de parar o tempo que pode ser cruel na vida de uma mulher? Existem muitas formas de desrespeito, de preconceito, de violência. Violência contra as mulheres não é apenas o tapa que estala na cara, o empurrão ou o murro que, quase sempre, parte dos homens que amamos. Existem outras formas de violência. Que mesmo sem percebermos ou querermos nós somos condescendentes porque saem da boca de amigos, maridos, amantes, pais, parentes. Quantas vezes nos omitimos? Quantas vezes deixamos que nos digam, em gestos e atitudes, que somos pessoas menores?
Quantas mulheres talentosas souberam enfrentar, com dignidade, no calor da fogueira de vaidade do meio artístico, a passagem do tempo? Pensei em algumas delas... Bibi Ferreira, Aracy Balabanian, Eva Vilma, Fernanda Montenegro, Nicete Bruno... Com o passar do tempo, as rugas, a flacidez, as gordurinhas localizadas são amigas implacáveis e inseparáveis das mulheres, não importa o quanto elas se cuidem. O tempo é implacável. Mas também pode ser amigo, companheiro, conselheiro e professor. Só depende de nós.
(Publicado no De Cara Pra Lua em Ago/2005)
Ser mulher não é uma tarefa muito fácil. Às mulheres é demandado a perfeição. Os belos cabelos, corpo perfeito, rosto proporcional. O primeiro olhar do homem é atraído por nossos atributos físicos, poucos são aqueles que conseguem enxergar além da embalagem. Por isso, e com isso em nossas cabeças, seguimos no mundo tentando agradar aos homens, nos enfeitamos na intenção de enfeitiçar. Acabamos escravas deste olhar masculino que tudo demanda e, muitas vezes, pouco partilha.
Quantas mulheres são trocadas por outras mais jovens quando chega a meia idade? Quantas mulheres se violentam, fazem plásticas, negam a idade, morrem em salas de cirurgia em busca de parar o tempo que pode ser cruel na vida de uma mulher? Existem muitas formas de desrespeito, de preconceito, de violência. Violência contra as mulheres não é apenas o tapa que estala na cara, o empurrão ou o murro que, quase sempre, parte dos homens que amamos. Existem outras formas de violência. Que mesmo sem percebermos ou querermos nós somos condescendentes porque saem da boca de amigos, maridos, amantes, pais, parentes. Quantas vezes nos omitimos? Quantas vezes deixamos que nos digam, em gestos e atitudes, que somos pessoas menores?
Quantas mulheres talentosas souberam enfrentar, com dignidade, no calor da fogueira de vaidade do meio artístico, a passagem do tempo? Pensei em algumas delas... Bibi Ferreira, Aracy Balabanian, Eva Vilma, Fernanda Montenegro, Nicete Bruno... Com o passar do tempo, as rugas, a flacidez, as gordurinhas localizadas são amigas implacáveis e inseparáveis das mulheres, não importa o quanto elas se cuidem. O tempo é implacável. Mas também pode ser amigo, companheiro, conselheiro e professor. Só depende de nós.
(Publicado no De Cara Pra Lua em Ago/2005)
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