Não se fala em outra coisa neste País senão o vídeo da modelo Daniella Cicarelli praticando rituais de acasalamento em uma praia da Espanha. O mundo está acabando, o governo Lula protagonizou mais uma história nojenta de corrupção e crime, mas ninguém quer saber. O grande lance é encontrar um link para assistir às cenas da ex-senhora Fenômeno fazendo sexo em público.
Há quem diga que a pobre coitada não tem paz, pois é perseguida por paparazzi loucos para invadir sua privacidade. Mas não é bem assim. Na verdade, o vídeo talvez possa trazer à tona uma discussão sobre como as celebridades hoje se relacionam com a mídia.
Quando se fala em Cicarelli, não podemos falar de uma pessoa que sempre prezou pela sua privacidade. Pelo contrário, trata-se de alguém que tem compulsão por aparecer. Aliás, não somente isso. Ela faz questão de ser o centro das atenções o tempo todo. Óbvio que isso tem lá suas razões: quanto mais famosa, maior o cachê para desfilar, e por aí vai. Mas até aí, Cicarelli exagera. O próprio namoro com Ronaldo era sempre um showzinho. Ela fazia questão de não haver a menor discrição. Parecia que queria inverter as coisas, ou seja, que ela deixasse de ficar famosa por namorar Ronaldo, e que Ronaldo ficasse famoso por namorar Cicarelli.
E o mais engraçado neste mundo de celebridades é que a mídia, pelo menos no Brasil, faz questão de exaltar essas pessoas o tempo todo, como se elas vivessem num mundo de fadas, e que faz com que nós entremos em depressão profunda, porque temos problemas de todos os tipos e não temos nada tão impecável como a vida deles. O casamento de Cicarelli e Ronaldo, por exemplo, recebeu tratamento de corte real. As matérias a respeito passavam exatamente a imagem que os noivos queriam vender: tudo era perfeito, tudo era felicidade, não havia ali o menor defeito. Vejam o resultado!
Eu imagino que muitas dessas pessoas, chamadas de "vips" pelas revistas de celebridades, acabem virando reféns disso. Ficam obcecadas em aparecer, e entram em depressão profunda se caem no ostracismo. Elas precisam disso para alimentar o ego, que acaba virando um elefante incontrolável muitas vezes. São tipos fáceis de identificar: elas precisam sair em umas cinco revistas por mês, e em todas elas aparecem matérias onde o "vip" faz questão de ressaltar sempre o quanto é feliz, bem resolvido, amado pelas pessoas. Até mesmo os "flagrantes" são pura armação, ou seja, o "famoso" combina com determinado veículo para ser fotografado em algum lugar acompanhado de alguém. E sempre feliz, que isso fique bem claro!
Vocês já perceberam que celebridades sempre superam seus problemas de maneira madura e equilibrada? Eles conseguem expôr até mesmo suas separações, dores, doenças, tudo. Eles sempre se separam amigavelmente, sem mágoas, viram grandes amigos. E estão sempre prontos para a próxima, com vários projetos. Será que só a gente senta, chora e arranca os cabelos?
Carla Perez, por exemplo, chegou a usar uma crise no seu casamento para aparecer no programa do Gugu e pra ver se alguém da mídia dá atenção a ela. Chega a dar pena, de tão ridículo! Até porque ninguém leva a sério aquela armação que é aquele casamento.
Tudo virou um grande marketing. Fico pensando em Nelson Piquet, por exemplo, que era considerado antipático por muita gente da mídia. Tudo porque ele não tinha a menor paciência de puxar o saco de emissoras de televisão (leia-se Rede Globo), ou mesmo ficar fazendo média com jornalistas. Hoje todos têm assessoria de imprensa especializadas em vender imagens perfeitas para o público em geral, mesmo que a pessoa seja burra, não tenha o menor talento para porra nenhuma. Conseguem até mesmo convencer que são bonitas e gostosas, quando na verdade nem isso são. O que sabemos hoje das pessoas do mundo "vip" são o que os marqueteiros definem, e nada mais.
O problema surge quando alguém que não tem esse comprometimento - como foi o caso do paparazzo que filmou Cicarelli na praia - resolve divulgar algo que as revistas especializadas jamais fariam. Claro que, uma vez que a história explodiu e o Brasil inteiro já havia assistido ao vídeo, todos correm atrás do prejuízo e fazem matérias e mais matérias a respeito. Aí é o momento em que os "vips" se dizem invadidos. Depois que eles arrombam a porta, querem colocar uma trava? Agora aguenta, né?
Outro dia mesmo reclamaram que os fotógrafos foram atrás de Ronaldo Fenômeno em uma festa e o fotografaram urinando dentro de uma garrafa de refrigerante. Disseram que passaram dos limites, que eram fotos de mau gosto, que ninguém deixa o cara em paz. Oras bolas, quem é Ronaldo para falar alguma coisa? O cara respira mídia e marketing o dia inteiro. A mídia é a única coisa que o sustenta como "Fenômeno", pois em campo a coisa nunca justificou tal apelido.
Todo mundo adora quando a mídia sustenta o conto de fadas. Agora, quando o castelinho cai, eles fazem beicinho e se dizem vítimas. Vamos com calma, né?
Há quem diga que a pobre coitada não tem paz, pois é perseguida por paparazzi loucos para invadir sua privacidade. Mas não é bem assim. Na verdade, o vídeo talvez possa trazer à tona uma discussão sobre como as celebridades hoje se relacionam com a mídia.
Quando se fala em Cicarelli, não podemos falar de uma pessoa que sempre prezou pela sua privacidade. Pelo contrário, trata-se de alguém que tem compulsão por aparecer. Aliás, não somente isso. Ela faz questão de ser o centro das atenções o tempo todo. Óbvio que isso tem lá suas razões: quanto mais famosa, maior o cachê para desfilar, e por aí vai. Mas até aí, Cicarelli exagera. O próprio namoro com Ronaldo era sempre um showzinho. Ela fazia questão de não haver a menor discrição. Parecia que queria inverter as coisas, ou seja, que ela deixasse de ficar famosa por namorar Ronaldo, e que Ronaldo ficasse famoso por namorar Cicarelli.
E o mais engraçado neste mundo de celebridades é que a mídia, pelo menos no Brasil, faz questão de exaltar essas pessoas o tempo todo, como se elas vivessem num mundo de fadas, e que faz com que nós entremos em depressão profunda, porque temos problemas de todos os tipos e não temos nada tão impecável como a vida deles. O casamento de Cicarelli e Ronaldo, por exemplo, recebeu tratamento de corte real. As matérias a respeito passavam exatamente a imagem que os noivos queriam vender: tudo era perfeito, tudo era felicidade, não havia ali o menor defeito. Vejam o resultado!
Eu imagino que muitas dessas pessoas, chamadas de "vips" pelas revistas de celebridades, acabem virando reféns disso. Ficam obcecadas em aparecer, e entram em depressão profunda se caem no ostracismo. Elas precisam disso para alimentar o ego, que acaba virando um elefante incontrolável muitas vezes. São tipos fáceis de identificar: elas precisam sair em umas cinco revistas por mês, e em todas elas aparecem matérias onde o "vip" faz questão de ressaltar sempre o quanto é feliz, bem resolvido, amado pelas pessoas. Até mesmo os "flagrantes" são pura armação, ou seja, o "famoso" combina com determinado veículo para ser fotografado em algum lugar acompanhado de alguém. E sempre feliz, que isso fique bem claro!
Vocês já perceberam que celebridades sempre superam seus problemas de maneira madura e equilibrada? Eles conseguem expôr até mesmo suas separações, dores, doenças, tudo. Eles sempre se separam amigavelmente, sem mágoas, viram grandes amigos. E estão sempre prontos para a próxima, com vários projetos. Será que só a gente senta, chora e arranca os cabelos?
Carla Perez, por exemplo, chegou a usar uma crise no seu casamento para aparecer no programa do Gugu e pra ver se alguém da mídia dá atenção a ela. Chega a dar pena, de tão ridículo! Até porque ninguém leva a sério aquela armação que é aquele casamento.
Tudo virou um grande marketing. Fico pensando em Nelson Piquet, por exemplo, que era considerado antipático por muita gente da mídia. Tudo porque ele não tinha a menor paciência de puxar o saco de emissoras de televisão (leia-se Rede Globo), ou mesmo ficar fazendo média com jornalistas. Hoje todos têm assessoria de imprensa especializadas em vender imagens perfeitas para o público em geral, mesmo que a pessoa seja burra, não tenha o menor talento para porra nenhuma. Conseguem até mesmo convencer que são bonitas e gostosas, quando na verdade nem isso são. O que sabemos hoje das pessoas do mundo "vip" são o que os marqueteiros definem, e nada mais.
O problema surge quando alguém que não tem esse comprometimento - como foi o caso do paparazzo que filmou Cicarelli na praia - resolve divulgar algo que as revistas especializadas jamais fariam. Claro que, uma vez que a história explodiu e o Brasil inteiro já havia assistido ao vídeo, todos correm atrás do prejuízo e fazem matérias e mais matérias a respeito. Aí é o momento em que os "vips" se dizem invadidos. Depois que eles arrombam a porta, querem colocar uma trava? Agora aguenta, né?
Outro dia mesmo reclamaram que os fotógrafos foram atrás de Ronaldo Fenômeno em uma festa e o fotografaram urinando dentro de uma garrafa de refrigerante. Disseram que passaram dos limites, que eram fotos de mau gosto, que ninguém deixa o cara em paz. Oras bolas, quem é Ronaldo para falar alguma coisa? O cara respira mídia e marketing o dia inteiro. A mídia é a única coisa que o sustenta como "Fenômeno", pois em campo a coisa nunca justificou tal apelido.
Todo mundo adora quando a mídia sustenta o conto de fadas. Agora, quando o castelinho cai, eles fazem beicinho e se dizem vítimas. Vamos com calma, né?
Comentários
Big Kiss
Resumiu tudo.
Engraçado é que quando começou a aparecer na mídia, a Cicarelli fazia o tipo moça-famosa-mas-simples: dizia que adorava comer torresmo, que batia um pratão de pedreiro na maior felicidade, essas coisas. Teria ela mudado ou a máscara está caindo?