Dois brasileiros e um americano compartilharam o Prêmio Mundial de Alimentos, anunciado nesta quinta-feira, pelo trabalho que desenvolveram na região do Cerrado.
Os vencedores foram o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, o ex-diretor técnico do Centro de Pesquisas do Embrapa Edson Lobato, e Colin McClung, pesquisador do Instituto Internacional de Pesquisa, dos Estados Unidos.
O prêmio é um dos mais conceituados na área e visa premiar contribuições variadas para obter avanços na qualidade, quantidade e disponibilidade de alimentos no mundo. A premiação foi anunciada durante uma cerimônia no Departamento de Estado americano.
O Prêmio Mundial de Alimentos foi criado por Norman E. Borlaug, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1970. Segundo Barlaug, o desenvolvimento do Cerrado foi "uma das maiores conquistas da ciência agrícola no século 20".
O Cerrado ocupa mais de 20% do território brasileiro e está distribuído pelo Planalto Central Brasileiro, nos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal, abrangendo 196.776.853 hectares.
Segundo dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade.
A região conta com a presença de diversos ecossistemas e uma riquíssima flora com mais de 10 mil espécies de plantas. Sua fauna é formada por 837 espécies de aves e 67 gêneros de mamíferos.
A cerimônia de entrega do Prêmio Mundial de Alimentos será realizada no dia 19 de outubro de 2006, na cidade americana de Des Moines.
BBC Brasil
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