O livro "O Código Da Vinci", de Dan Brown, é considerado uma afronta para os admiradores de "Caminho", de Josemaría Escrivá, porém as duas obras estão sendo publicadas pela mesma editora nos Estados Unidos. A maior editora americana lançou o primeiro título e acaba de colocar o segundo no mercado, aproveitando a publicidade indireta que a obra de Brown deu ao fundador do Opus Dei, que aparece em "O Código Da Vinci" como um grupo fundamentalista que é capaz de cometer assassinatos para garantir seus interesses."Temos grandes expectativas com relação a 'Caminho'", disse à EFE o vice-diretor editorial da Doubleday, Bill Barry, que apresentou na última terça em Nova York o livro de Escrivá, sobre o qual afirmou que "existe um grande interesse".O lançamento da obra acontece apenas uma semana antes da estréia mundial do filme "O Código Da Vinci", estrelado por Tom Hanks e que promete ser um sucesso de bilheteria. "O momento é perfeito", declarou o editor.Entretanto, Barry afirma que não espera que "Caminho", cuja tiragem inicial é de dez mil exemplares, tenha o mesmo sucesso de "O Código Da Vinci" (12 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos), mas acredita que o livro do líder religioso pode se transformar em "um clássico". "Sempre há mercado para livros religiosos", declarou. A obra de Escrivá foi publicada pela primeira vez nos EUA em 1954, porém em uma edição resumida. O lançamento de "Caminho" foi realizado na sede geral do Opus Dei nos Estados Unidos, em um evento que contou com a participação de vários líderes católicos. "É um grande acontecimento", afirmou o vigário do Opus Dei Thomas Bolin."Diante do interesse sem precedentes que despertamos, vamos fazer de 'Caminho' um best-seller", declarou Ecjkham. O evento também teve a participação do bispo do Brooklyn, Ignatius Catanello, quem disse que "em meio a este ataque contra Cristo e a Igreja Católica, surge uma grande oportunidade para nós"."Vamos defender a honra de Deus", afirmou o líder religioso, em alusão ao enredo do livro de Brown, no qual é apresentada a hipótese de que Jesus Cristo e Maria Madalena se casaram e a Opus Dei assassina seus descendentes para que não restem rastros do romance. O porta-voz da prelazia, Marc Carroggio, disse à EFE que a Opus Dei mudou de política após o fenômeno iniciado pelo lançamento de "O Código Da Vinci". Anteriormente se tentou fazer com que a Doubleday e a Sony, produtora do filme, mudassem alguns aspectos da história. Porém, a iniciativa não teve sucesso.Foi a própria Opus Dei que propôs que a editora do livro de Dan Brown também publicasse "Caminho", o que, de acordo com Carroggio, "teve uma resposta imediata" da Doubleday
Fatima Gama comenta:
É claro que a Opus Dei não poderia deixar de dar uma resposta, este livro O Código da Vinci mexeu com todas a as pessoas que acreditam na bíblia, sejam católicos ou não, religião é coisa sagrada. Eu não sou católica mas acho que eles estão certos em não se calar, deveria haver mais respeito, não gosto destes filmes, livros, música ou qualquer outro tipo de arte que explore por intenção de ganhar dinheiro ou fama a figura de Jesus, das escrituras ou de qualquer religião seja ela qual for, de vez em quando há uma polêmica sobre estas questões, o filme sobre Jesus que passou há um tempo atrás no cinema foi o filme mais sanguinário que eu vi, uma exploração à sua imagem.
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