Felinos de circo aguardam intervenção das autoridades e um tigre já morreu

Email recebi da amiga do blog "Ame a natureza"
Do jornal circo_aguardam_intervencao noticia de hoje 13/05/2006 - repassem urgente para protestar contra a insanidade das autoridas. Vamos procurar por seres inteligentes no planeta que.. libertem esses animais. Devemos perguntar a essas autoridades se está faltando espaço no planeta. Se está.. que tal alugar um espaço na lua para as autoridades ficarem e deixar os animais livres por aqui mesmo! -

Três tigres e dois leões do Circus Universal, que se encontram há cerca de nove meses enjaulados numa mata em Vale de Touros, no concelho de Palmela, tardam em ver melhoradas as suas condições de vida, porque a burocracia portuguesa impede que se tomem medidas imediatas. Devido a esta longa espera, um dos tigres já morreu entretanto.

Os restantes quatro felinos - segundo a Direcção-Geral de Veterinária (DGV) encontram-se em situações que "não estão de acordo com a legislação do bem-estar animal" - aguardam que as autoridades tomem medidas e os retirem do local onde vivem sem condições. A DGV continua sem nada fazer no terreno, porque a proprietária dos animais ainda não foi levantar ao posto dos correios a notificação que a DGV lhe enviou no dia 26 de Abril.

Junto do director-geral da DGV, Carlos Agrela Pinheiro, o DN soube que, sobre a situação em que os felinos se encontram, "há questões que não cumprem a lei: não há água corrente no local, a vedação onde estão os animais não oferece condições de segurança para as pessoas e o espaço das jaulas é muito reduzido".

Além disso, o mesmo responsável manifesta "preocupação quanto ao estado físico de um dos leões, que está demasiado magro". O caso torna-se ainda mais grave porque, segundo Agrela Pinheiro, o tratador que está a zelar pela manutenção dos felinos "parece desconhecer muitas coisas sobre a saúde dos animais e a forma correcta de os tratar".

Para corrigir a situação, a DGV enviou pelo correio, no dia 26 de Abril e com aviso de recepção, uma notificação à proprietária dos felinos, "dando-lhe instruções para os leões e os tigres serem colocados numa instalação fixa com condições de segurança e espaço suficiente para os animais", disse o director-geral.

Nesse ofício, a DGV refere que a proprietária dos felinos "tem de encontrar um veterinário para observar os animais e responsabilizar-se pela sua saúde e terá de haver a garantia que os animais serão convenientemente alimentados".

Sobre o que sucederá no futuro, Agrela Pinheiro revela que, "se essas instruções não forem seguidas, o Estado encontrará outra forma de resolver o caso". Entretanto, "é preciso esperar, porque a notificação dá à proprietária um prazo de dois dias após receber a carta. E à DGV ainda não chegou o aviso de recepção a comprovar que a destinatária levantou a notificação nos correios".

Agora, "esperamos que o veterinário municipal vá ao local, talvez na segunda-feira, verificar se já foi cumprida alguma das nossas instruções", concluiu o director-geral.