Creio

(Para todas as mães, para quem as têm, para quem já teve perto e espera o reencontro, para as que serão... Com um beijo carinhoso! Andréa Nascimento)

... No sono dos anjos e que que trovões são provocados por anjinhos gordinhos que, ao invés de estarem dormindo, estão brincando de escorregar na água da chuva e se esborrachando no chão feito de nuvens.
... Que os raios que caem do céu são os mesmos anjinhos levados que colocam o dedo na tomada, mesmo que São Pedro diga que dá choque. ... no bicho-papão perdendo a luta para a fada madrinha.
... Em príncipes em cavalos brancos que defendem suas terras e lutam pela felicidade eterna ao lado da plebéia amada que usava um sapato de cristal ou que espera um beijo para acordar do sono provocado por uma maçã envenenada.
... Em ratinhos que falam, em cachorros que cantam, em gatos levados, em coiotes que despencam de precipícios e que não morrem e não desistem nunca.
... Em super-heróis, sejam eles verdes, de capas, de ternos ou saias, como nossos pais.
... Em casas bonitas com tortas de cereja, esfriando na janela e cercada de árvores frondosas onde os pássaros cantam a alegria de viver.
... Nos animais, nas pessoas, na sabedoria popular dos mais velhos.
... Na luz que ilumina o caminho de todos nós e no futuro que à Deus pertence e que depende de nós construir.
... Na união dos povos onde reinará a paz de cada espírito.
... Nas coisas simples como olhar o mar, sentado na areia, assistindo o nascer ou o pôr do sol.
... Em achar chiclete usado, moedas e bolas de gude no bolso da calça colocada para lavar.
... No sorriso maroto que brota na face corada, repleta de saúde, que acaba de chegar.
... Que prender vagalume em saco plástico para vê-lo piscar não provoca desequilíbrio ambiental mas, sim, conhecimento que nos transforma e engrandece, da mesma maneira como faz com a planta que antes era um grão de feijão, e que, hoje, cresce livre sob o algodão molhado.
... Em gotas de orvalho iluminando a manhã em pétalas de flores sob o sol que brilha e aquece a alma e a vida.
... Nas aves em seus ninhos, acalentando o ovo na mesma expectativa das mulheres barrigudas, pesadas, carregando uma vida em seu ventre e um mundo de responsabilidade em suas costas. ... Em abrir pequenas frestas ou janelas ao fechar de grandes portas.
... Em lágrimas sentidas, dores sofridas e, principalmente, em sorrisos largos, sinceros e verdadeiros.
... No choro de um bebê recém nascido.
... Na esperança do sorriso desdentado e no medo estampado nos olhinhos perdidos diante do primeiro passo.
... Na primeira palavra, geralmente, dita e que será sempre pronunciada: mãe!

Vejo a vida com olhos diferentes, desde o dia em que me tornei mãe. Minha vida deixou de ser minha, minha alma flutua e atua em todos os lugares. Criei asas, antenas, passei a ver o que não via e a sentir à flor da pele o que não sentia. Comecei a orar mais pelos outros do que por mim, mas ao mesmo tempo, suplicando para que nunca me faltem força, alegria e disposição para servir aos frutos de meu amor. Passei a reverenciar e agradecer, todos os dias, a felicidade de ser mulher e de ter recebido o dom da maternidade. Passei a me sentir importante. Constatei que estou a um degrau abaixo de Deus!

3 comentários:

Anônimo disse...

PASSANDO RAPIDAMENTE, SÓ PARA DEIXAR MEU DESEJO DE BOM DIA PARA VC.

*DJ* disse...

Oieeee...

Acho que ainda não viu o que postei no blog Um Ser Bacana, né?

Acho que vc vai gostar...

Bjsssssssssssssss

Fatima Gama disse...

Oi Andreia
Lindo texto, uma linguagem simples e quase de um anjo, um anjo chamado mãe, obrigada pela parte que me toca, adorei, parabéns!