O que a lendária estrela de cinema Ava Gardner e o líder cubano Fidel Castro fizeram para encontrar-se em Havana nos primeiros dias da revolução cubana? E o que a atriz fez que tanto incomodou o líder argentino Juan Perón?
Uma nova biografia de Ava Gardner, "Love is Nothing" (O amor não é nada), de Lee Server, revela detalhes sobre alguns encontros divertidos entre a atriz tempestuosa e os homens fortes latino-americanos.
Gardner visitou Cuba na fase pré-revolucionária e em algumas ocasiões se hospedou na casa do escritor Ernest Hemingway, nos arredores de Havana, onde os banhos de piscina que tomava nua ficaram famosos. A atriz voltou a Havana no verão de 1959, após a vitória de Fidel Castro.
"Ava era fascinada pelas histórias e fotos do carismático libertador barbudo de Cuba. E o comandante sentia interesse semelhante pela estrela de filmes americanos", escreveu Server.
Os dois se encontraram e Fidel levou Gardner numa visita turística a seu quartel-general, no hotel Hilton de Havana. Eles tomaram uma "cuba libre" sentados no balcão do hotel, com vista para a cidade. Castro lhe contou sobre a revolução e sobre seus sonhos para o futuro de Cuba.
Fidel a impressionou muito, apesar de usar meias diferentes em cada pé. Ava lhe perguntou se ele odiava os norte-americanos, e Fidel respondeu que odiava apenas Richard Nixon.
Ao que parece, a atriz, que era conhecida por sua vida amorosa fogosa, incomodou a tradutora de Fidel Castro, Ilona Marita Lorenz, de 19 anos. Lorenz achava que Gardner perseguia Fidel e disse ter interceptado bilhetes da atriz endereçados a ele.
As duas mulheres tiveram uma discussão no saguão do Hotel Nacional. Gardner deu um tapa em Lorenz no elevador, e um agente de segurança cubano sacou sua arma para restaurar a ordem.
Fidel pôs fim aos encontros com Gardner, e, de acordo com o livro, ela encontrou consolo nos braços de um de seus colaboradores.
EMPANADAS COM O CASAL PERÓN
Exilado da Argentina após um golpe de Estado em 1955, Juan Perón mudou-se para Madri em 1960 com sua noiva, Isabel. Gardner já vivia na capital espanhola havia muito tempo e era dona do apartamento em cima do de Perón, num edifício da Praça Argentina.
De acordo com Server, Perón admirava a atriz havia muito tempo. Ela não era partidária da política dele, mas tentou ser amável.
"Isabel prepara empanadas deliciosas, e Ava de vez em quando descia para comê-las na cozinha dos Perón, enquanto Isabel se sentava e conversava, sem ciúmes, sobre como a falecida Evita ainda era a mulher mais importante na vida de seu marido", conta o livro.
A relação de boa vizinhança azedou quando os Perón se queixaram das barulhentas festas de flamenco promovidas pela atriz, que duravam a noite toda.
"Ava disse que ele com frequência saía para o balcão e fazia discursos para uma imaginária multidão de partidários e que ela e sua empregada saíam para sua própria varanda, como provocadoras, e gritavam 'Perón é um maricas"', relata o livro.
Ava Gardner, que estrelou filmes como "As Neves do Kilimanjaro" e "A Noite do Iguana", morreu em Londres em 1990, aos 67 anos. Perón faleceu em 1974, com 78 anos de idade. Fidel Castro vai completar 80 anos em agosto.
BRASIL
O livro também relata a malfadada viagem de Ava Gardner ao Rio de Janeiro em 1954 para divulgar o filme "A Condessa Descalça".
Foi pouco após o suicídio do presidente Getúlio Vargas, e os agentes da atriz temiam que uma revolução pudesse eclodir no país.
Mas o tumulto que de fato ocorreu foi de natureza diferente. Quando Gardner chegou ao aeroporto do Rio, a multidão que a aguardava quebrou a barreira policial e invadiu a pista. Quando a atriz finalmente conseguiu chegar a um táxi, o carro não conseguiu partir, então, segundo o livro, ela bateu na cabeça do motorista com seu sapato.
Em seguida, ela não gostou do hotel a que foi enviada e exigiu hospedar-se no Copacabana Palace Hotel, mais elegante. Numa discussão com o gerente do primeiro hotel, bebidas foram atiradas no chão, e segundo notícias que chegaram à imprensa ela teria quebrado objetos no hotel.
Gardner decidiu encurtar sua viagem e permaneceu fechada em sua suíte no Copa. Mas, em sua última noite no Brasil, ela saiu às escondidas, depois da meia-noite, e fez uma tour pela cidade, incluindo suas favelas, e terminou assistindo ao nascer do sol na praia.
UOL
Fernanda comenta
Nossa, a Ava Gardner teve uma vida bem amorosa! Dessa com o Fidel e com o Perón eu não sabia. Sabia do envolvimento dela com o milionário Howard Hughes. Eita, esse povo, viu!
Uma nova biografia de Ava Gardner, "Love is Nothing" (O amor não é nada), de Lee Server, revela detalhes sobre alguns encontros divertidos entre a atriz tempestuosa e os homens fortes latino-americanos.
Gardner visitou Cuba na fase pré-revolucionária e em algumas ocasiões se hospedou na casa do escritor Ernest Hemingway, nos arredores de Havana, onde os banhos de piscina que tomava nua ficaram famosos. A atriz voltou a Havana no verão de 1959, após a vitória de Fidel Castro.
"Ava era fascinada pelas histórias e fotos do carismático libertador barbudo de Cuba. E o comandante sentia interesse semelhante pela estrela de filmes americanos", escreveu Server.
Os dois se encontraram e Fidel levou Gardner numa visita turística a seu quartel-general, no hotel Hilton de Havana. Eles tomaram uma "cuba libre" sentados no balcão do hotel, com vista para a cidade. Castro lhe contou sobre a revolução e sobre seus sonhos para o futuro de Cuba.
Fidel a impressionou muito, apesar de usar meias diferentes em cada pé. Ava lhe perguntou se ele odiava os norte-americanos, e Fidel respondeu que odiava apenas Richard Nixon.
Ao que parece, a atriz, que era conhecida por sua vida amorosa fogosa, incomodou a tradutora de Fidel Castro, Ilona Marita Lorenz, de 19 anos. Lorenz achava que Gardner perseguia Fidel e disse ter interceptado bilhetes da atriz endereçados a ele.
As duas mulheres tiveram uma discussão no saguão do Hotel Nacional. Gardner deu um tapa em Lorenz no elevador, e um agente de segurança cubano sacou sua arma para restaurar a ordem.
Fidel pôs fim aos encontros com Gardner, e, de acordo com o livro, ela encontrou consolo nos braços de um de seus colaboradores.
EMPANADAS COM O CASAL PERÓN
Exilado da Argentina após um golpe de Estado em 1955, Juan Perón mudou-se para Madri em 1960 com sua noiva, Isabel. Gardner já vivia na capital espanhola havia muito tempo e era dona do apartamento em cima do de Perón, num edifício da Praça Argentina.
De acordo com Server, Perón admirava a atriz havia muito tempo. Ela não era partidária da política dele, mas tentou ser amável.
"Isabel prepara empanadas deliciosas, e Ava de vez em quando descia para comê-las na cozinha dos Perón, enquanto Isabel se sentava e conversava, sem ciúmes, sobre como a falecida Evita ainda era a mulher mais importante na vida de seu marido", conta o livro.
A relação de boa vizinhança azedou quando os Perón se queixaram das barulhentas festas de flamenco promovidas pela atriz, que duravam a noite toda.
"Ava disse que ele com frequência saía para o balcão e fazia discursos para uma imaginária multidão de partidários e que ela e sua empregada saíam para sua própria varanda, como provocadoras, e gritavam 'Perón é um maricas"', relata o livro.
Ava Gardner, que estrelou filmes como "As Neves do Kilimanjaro" e "A Noite do Iguana", morreu em Londres em 1990, aos 67 anos. Perón faleceu em 1974, com 78 anos de idade. Fidel Castro vai completar 80 anos em agosto.
BRASIL
O livro também relata a malfadada viagem de Ava Gardner ao Rio de Janeiro em 1954 para divulgar o filme "A Condessa Descalça".
Foi pouco após o suicídio do presidente Getúlio Vargas, e os agentes da atriz temiam que uma revolução pudesse eclodir no país.
Mas o tumulto que de fato ocorreu foi de natureza diferente. Quando Gardner chegou ao aeroporto do Rio, a multidão que a aguardava quebrou a barreira policial e invadiu a pista. Quando a atriz finalmente conseguiu chegar a um táxi, o carro não conseguiu partir, então, segundo o livro, ela bateu na cabeça do motorista com seu sapato.
Em seguida, ela não gostou do hotel a que foi enviada e exigiu hospedar-se no Copacabana Palace Hotel, mais elegante. Numa discussão com o gerente do primeiro hotel, bebidas foram atiradas no chão, e segundo notícias que chegaram à imprensa ela teria quebrado objetos no hotel.
Gardner decidiu encurtar sua viagem e permaneceu fechada em sua suíte no Copa. Mas, em sua última noite no Brasil, ela saiu às escondidas, depois da meia-noite, e fez uma tour pela cidade, incluindo suas favelas, e terminou assistindo ao nascer do sol na praia.
UOL
Fernanda comenta
Nossa, a Ava Gardner teve uma vida bem amorosa! Dessa com o Fidel e com o Perón eu não sabia. Sabia do envolvimento dela com o milionário Howard Hughes. Eita, esse povo, viu!
Comentários