Política e suas Polêmicas

Se há uma coisa que me enoja é a tal da política. Falar desse assunto é o mesmo que chafurdar na lama. Mas, já que vivemos numa democracia, somos obrigados a conviver com os horários políticos e as mentiras deslavadas que, em época eleitoral, surgem a rodo.

Lula diz que o País está preparado para combater a gripe aviária. Interessante! Enquanto isso, a população do Pará, assolado por uma enchente, tem que conviver com a malária e a dengue, dentre micoses e outras "oses" tais como leptospirose, virose, verminose, porque não consegue combater mosquitos e ratos, não consegue dar saneamento básico nem moradia ao povo que, como ele, só tem farinha e água, agora poluída, para viver. Uns, preferem ficar em seus telhados, esperando a ajuda do Divino e, quando perguntados sobre a situação calamitosa pelos jornalistas sádicos, respondem que " - Nóis véve como Deus qué!" Não, Deus não quer isso, mas os poderosos Pilatos, que lavam as mãos em água mineral, sim!

Eleições chegando e o horário eleitoreiro mostrando que fulano deu a chave da cidade para fulano, fez pavimentação na rua do Seu Osório que, por acaso, é seu sogro, deu duas cestas básicas, colocou uma lâmpada que estava queimada há séculos no poste, com direito a banda de música e faixa de inauguração de nova iluminação pública.

O Deputado Fulano de Tal apresenta cartazes e estatísticas no ar de número de alunos que abandonam as escolas públicas versus hospitais que não atendem pacientes por falta de recursos. O que tem uma coisa com a outra? O que tem o famigerado c... com as calças?

Nessas horas, todos os que lutaram por mim, por você, por sei lá mais quem, aparecem na TV, com seu paletó engomado, sua gravata mais bonita, cara limpa de bom moço, dizendo seus feitos em 4 anos. E estes tais feitos não conseguem preencher um minuto de propaganda. Não sei se graças a Deus ou se infelizmente, afinal, vemos as eleições chegando e as opções se acabando, se é que chegaram a existir.

Meu medo cai, como sempre, na eleição presidencial. Afinal, o que nos espera é uma incógnita. Ter um descendente de cangaceiro que deixou seu passado esquecido por baixo de ternos bem cortados e vida nababesca, um almofadinha sem expressão, um ladrãozinho de carteirinha e sua abominável esposinha ou uma mulher que usa peixeira e é do partido da solitária, sem troadilhos de lombrigas? Por falar nesses vermes, já viram Enéas sem barba? Um pânico duplo, não só por sua nova estampa, mas pela idéia de termos que aguentar, mais uma campanha com aquele jargão de Meu nome é Enéas!

Sinceramente, depois que Bob Jefferson espalhou bosta no ventilador e sem precisar de Actívia, derrubando que nem dominó um por um dos tentáculos do Lula, eleito pelo polvo, não sei o que resta ao povo brasileiro. Uma coisa, porém, eu tenho certeza. Não resistiremos a mais um fome zero, não aguentaremos a mais um rodízio de pizza, não suportaremos mais marketeiros que jogam sujo com a saúde, a fome e o futuro dessa nação. Pela primeira vez, sou obrigada e dizer que me arrependo de não ser Argentina. Nessa altura do campeonato, aos 45 do segundo tempo, já teríamos virado essa mesa imunda que sobrevive, às nossas custas, no Planalto e teríamos mudado, de verdade, o rumo da história.

Mas, aqui, só se pensa em futebol, no hexa campeonato, na contusão do Ronaldo e no Campeonato Brasileiro que mal começou e que já colocou o meu Flamengo na zona de rebaixamento.

É, não tem jeito! Esse País, por si só e sem política, já é uma polêmica. Copa do Mundo e Eleição no mesmo ano, vai ser dose!!!

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