despojados


acorrentadas estão as vontades
por quem faz dos sonhos reféns
rostos desalentados
corpos macerados
olhos sem horizonte


vultos desnorteados
órfãos de ideais
já lhes tiraram quase tudo
os vilões e os tiranos
querem tirar-lhes ainda mais


já foram donos do tempo
amaram a terra e vento
beijaram o mar
fundiram os corpos
brotaram rebentos


mãe onde está o teu filho
onde o deixaste não te lembras
levaram-to dizes-me tu
será que podes ser tudo
mas não querem que sejas mãe


dói-me o corpo ou não sei
gela-me a alma talvez
se não me a tiraram já
quero ajudar-te e não posso
tiraram-me as forças também

Comentários

Déia disse…
Oi, passando pra ver como estão e as novidades aqui do águas da vida.
Adorei o poema chuvamiuda.
E fala sério Red´s, que vizinhos são esses. Dá até medo.
Bom espero que tenham um lindo restinho de semana.
Beijinhos no coração.