De costas voltadas

Num mundo onde a competitividade aumenta dia a dia, estamos todos cada vez mais de costas voltadas para com o nosso semelhante, olhamos todos quantos nos rodeiam como potenciais inimigos. Na realidade há sempre alguém à espera de um deslize nosso para nos ocupar o lugar, a luta pela sobrevivência é hoje mais dura e feroz entre os humanos que em plena selva.
Somos muito poucos hoje os que têm a felicidade de poder ler, escrever e meditar sobre o que nos rodeia, embora em alguns casos seja apenas por preguiça, na grande maioria é mesmo porque não há tempo a perder, a selva está lá fora à espera e não se pode voltar a cara à luta.
Os interesses dos grandes grupos económicos, foram-nos moldando a mente de forma a nos incutir, que uma sociedade de consumo exacerbado é o ideal para nós, assim sendo temos de ganhar o mais possível, para podermos ostentar o maior número de coisas algumas delas às vezes colocamos num canto e nem utilizamos.
Enquanto uns lutam por bens supérfluos, outros apenas por um pedaço de pão ou por um medicamento essencial para sobreviver, também não é memos verdade que alguns se acomodam, esperando que as coisas lhes venham parar às mãos.
Esperar um equilíbrio bem sei que nos dias de hoje parece cada vez mais uma utopia, no entanto ficar de braços cruzados pode levar-nos a uma tragédia humana, que não somos capazes de calcular, é uma frase feita sabemos, mas acreditamos nela, pequenos gestos hoje podem fazer uma grande diferença amanhã.
Vamos tentar, pode ser? Comecemos por olhar com um pouco mais de atenção as pessoas com quem nos cruzamos, tentar perceber o que significam as expressões dos seus rostos, conhecendo um pouco melhor os outros, melhoramos o conhecimento de nós próprios.
Dediquemos sobretudo mais tempo às crianças, elas precisam de nós e nós precisamos muito delas, são elas o garante da nossa continuidade, não deixemos que as violentem e mal tratem, pois as que sobreviverem aos maus tratos, serão amanhã pessoas azedas e violentas, a nossa sociedade está pejada de violência, não precisamos de mais.
Contamos convosco, um pequeno passo de cada vez é o início de uma caminhada que nos pode levar longe.
O nosso muito obrigado

Comentários

Avó do Miau disse…
Olá,
passei para ver as novidades e anunciar que "mudei de casa"!
www.amar-ela.com
Beijinhos
Anônimo disse…
Andréa, gostei muito da postagem. Um apelo que vale refletir e muito. O drama dos esquecidos se aguça, o povo desse país pede licença para viver, o descaso é completo, a improbidade se agiganta e prevalece a ideologia dos vencedores do poder. Continua a gritar as dores do mundo, já gritei muito e ainda grito. Bjusssssssss.
antónio paiva disse…
.....agradeço a todos a simpatia, pela vossa recepção neste espaço.....

Até breve