Bush lança ofensiva contra jornalistas americanos


Exasperado com o vazamento ao público de informações embaraçosas sobre atividades secretas e potencialmente ilegais da administração, que tem contribuído para aumentar seu déficit de credibilidade tanto na condução da guerra contra o terrorismo como da política doméstica, o governo Bush lançou uma ofensiva que tem por alvo jornalistas e suas fontes, a fim de coibir a prática.

De acordo com o "Washington Post", que estampou o assunto hoje em sua primeira página, "os esforços incluem várias inquéritos pelo FBI, uma investigação na CIA e advertências do Departamento da Justiça segundo a qual repórteres (que obtém e publicam informações classificadas) podem ser processado sob as leis de espionagem" do país.
O editor executivo do "Times", Bill Keller, disse ao "Post" que "há um um tom de alegre satisfação na maneira como eles falam em arrastar repórteres diante de júris de instrução, em seu apetite por ocultar informação e nas ameaças veladas a repórteres que investigam os negócios públicos com muito empenho e que correm o risco de ser chamados de traidores". Keller acrescentou que não sabe "quão longe a ação seguirá a retórica, mas de vez em quando parece que a administração está declarando guerra em casa aos valores que professa promover no exterior".

Não é a primeira vez que o governo americano declara guerra aos vazamentos. O caso mais famoso começou em 1971, quando o então presidente Richard Nixon, irritado com a publicação dos chamados Papéis do Pentágono - uma versão oficial, e falsa, sobre a guerra do Vietnã - instruiu seus assessores a "fazer o que precisar ser feito, qualquer que seja o custo" para parar os vazamentos.
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