AGU vai pedir investigação sobre investidores com informação privilegiada do tarifaço de Trump


 PN - A Advocacia-Geral da União (AGU) vai pedir que a Polícia Federal (PF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiguem se algum investidor no mercado brasileiro lucrou com especulações com real e dólar antes e depois do anúncio do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.

Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia de fato pedindo que seja incluído na apuração do inquérito contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a movimentação de compra e venda de dólares horas antes do anúncio do tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil.

Em documento apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, na noite deste sábado (19/7), a AGU afirma que o uso ilegal de informação antes do tarifaço pode estar relacionado a ações do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por isso, solicitou a inclusão do conteúdo no inquérito que tramita no STF.

O pedido foi feito em caráter de urgência para checar se algum investidor no Brasil teve informação privilegiada para lucrar com a medida.

Reportagem do Jornal Nacional mostrou que houve “um movimento muito estranho de compra e venda de dólares no dia do anúncio do tarifaço” e que muita gente ganhou dinheiro com isso.

A reportagem do jornalista Felipe Santana mostra que alguém operou no mercado de dólar e real em 9 de julho, quando Trump anunciou a sanção contra o Brasil.

Segundo informações levantadas pelo JN, horas antes do anúncio de Trump, por volta das 13h30, alguém comprou uma quantidade enorme de dólares apostando contra o real.

Segundo Spencer Hakimian, dono de um fundo de investimento em Nova York, nos Estados Unidos, alguém comprou de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões às 13h30, a R$ 5,46. Dois minutos depois do anúncio, feito às 16h17 do dia 9 de julho, este comprador vendeu os dólares a R$ 5,60 – quase a mesma quantidade, tendo um elevado rendimento.

Movimento semelhante foi observado quando Donald Trump anunciou tarifas elevadas contra a África do Sul e a União Europeia. Os democratas estão tentando abrir uma investigação no Congresso dos Estados Unidos, mas sem sucesso.

Uma investigação por órgãos dos Estados Unidos depende de funcionários ligados a Donald Trump. Ou seja, a possibilidade de a investigação prosperar por lá é mínima.

Investigação na AGU

O advogado-geral da União em exercício, Flávio Josér Roman solicitou neste sábado (19) que a Procuradoria-Geral Federal adote medidas urgentes para investigar possíveis práticas de insider trading — uso indevido de informações privilegiadas — em operações de câmbio realizadas no Brasil.

O despacho da AGU destaca que o uso de informações privilegiadas configura crime contra o mercado de capitais, com pena de reclusão de 1 a 5 anos e multa de até três vezes a vantagem obtida.

Além da esfera criminal, o documento ressalta que há implicações civis e administrativas, com possibilidade de ações indenizatórias e civis públicas.

Caso identifique que os fatos são suspeitos, a Procuradoria-Geral Federal poderá acionar o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliários para investigar o caso.

Com informações G1

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