PGR pede prisão de Carla Zambelli e inclui Interpol, apreensão de passaporte e bloqueio de bens


 PN - Deputada bolsonarista foi condenada pelo STF, desafiou Moraes e busca refúgio na Itália para escapar da prisão.

 A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada por crimes digitais e falsidade ideológica. 

Além disso, o procurador-geral Paulo Gonet exigiu a inclusão da parlamentar na lista vermelha da Interpol, o bloqueio de seus bens e a apreensão de seu passaporte. A medida ocorre um dia após a própria Zambelli confirmar que deixou o Brasil rumo à Itália, onde pretende escapar da Justiça brasileira usando sua cidadania italiana.

O caso será julgado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF, que já condenou Zambelli a 10 anos de prisão em regime fechado. A bolsonarista, no entanto, não esperou o desfecho: atravessou as fronteiras e foi para a Europa, onde tenta blindar-se contra a extradição.

Fuga calculada e desafio direto à Justiça brasileira

Em entrevista à Rádio Auriverde, transmitida pelo YouTube, Zambelli confirmou sua fuga. “Saí do Brasil na terça-feira e estou decidida a morar no interior da Itália”, declarou. De posse de dupla cidadania, ela deixou claro seu objetivo: usar a nacionalidade italiana como escudo para escapar da prisão.

Mais do que uma tentativa de se livrar da pena, a deputada partiu para o ataque. Em tom desafiador, afirmou à CNN Brasil que nenhuma autoridade brasileira conseguirá removê-la do território italiano. “Podem colocar a Interpol atrás de mim, não vão me tirar da Itália. Sou cidadã italiana. A não ser que a Justiça italiana me prenda, ninguém me toca. E aí, não vai ser o Moraes, vai ser a Justiça italiana”, provocou. Condenação unânime no STF e cassação de mandato

Zambelli foi condenada em 14 de maio junto ao hacker Walter Delgatti Neto. Ambos foram responsabilizados por invasão de sistemas e falsidade ideológica. A decisão foi unânime entre os ministros da Primeira Turma do STF. No caso da deputada, a Corte determinou ainda a perda do mandato parlamentar por oito anos, com base na Lei da Ficha Limpa.

O julgamento foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que há meses é alvo das hostilidades da ala bolsonarista. A prisão preventiva solicitada agora pela PGR, segundo Paulo Gonet, visa garantir a aplicação da lei e impedir novas tentativas de evasão.

“Trata-se de uma medida cautelar, não de antecipação da pena”, explicou o procurador-geral, antecipando a estratégia de defesa de Zambelli, que já se posiciona como vítima de perseguição política.

Interpol, extradição e os limites da cidadania europeia

O pedido de inclusão de Zambelli na difusão vermelha da Interpol insere o caso numa disputa internacional. Embora o Brasil e a Itália tenham acordo de cooperação policial, a extradição de cidadãos italianos costuma enfrentar obstáculos jurídicos e diplomáticos. Zambelli aposta nisso para se manter fora do alcance da Justiça brasileira.

Na prática, a difusão vermelha funciona como um alerta global, solicitando a prisão de uma pessoa para fins de extradição. No entanto, cabe às autoridades italianas decidir se cumprem o pedido — o que envolve critérios técnicos, políticos e até diplomáticos. A depender da interpretação, a Itália pode se recusar a entregar uma de suas cidadãs, especialmente se houver alegação de perseguição política. O jogo político por trás da fuga

A debandada de Zambelli não é um caso isolado: reflete o aprofundamento da crise institucional entre o bolsonarismo e o Supremo Tribunal Federal. A deputada, uma das aliadas mais fiéis de Jair Bolsonaro, sempre esteve na linha de frente dos ataques ao sistema judiciário e ao processo democrático. Sua fuga simboliza um gesto político: o de transformar sua condenação em bandeira de “martírio” e tentar internacionalizar a narrativa de perseguição.

Resta saber se a estratégia dará certo. O STF e a PGR já deixaram claro que não recuarão. O cerco jurídico avança, e a pressão internacional pode aumentar. Mas Zambelli joga com o tempo — e com a proteção europeia.

Com informações Diário Carioca

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