Falta pouco para respirarmos completamente debaixo d’água

Atualmente, um cilindro de mergulho tradicional nos permite ficar de 35 a 50 minutos embaixo d’água, desbravando o mar e suas riquezas. Se já era bacana separar um fim de semana para se aventurar nas águas do litoral, agora a prática pode se tornar ainda melhor. Tudo devido a um estudo realizado na University of Southern Denmark, na Dinamarca, sobre a produção de cristais que armazenam oxigênio suficiente para termos 160 vezes a quantidade de ar que respiramos.  O estudo pode ser conferido aqui.
Comparado a uma esponja, o cristal, cuja matéria-prima é o cobalto, tem a função de absorver grande quantidade de oxigênio e liberar quando for preciso. Ele funciona como sensor e recipiente, podendo armazenar quantas vezes for preciso, não perdendo a capacidade de absorção, o que demonstra o potencial para ser usado no mar em segurança de forma confiável, sem se preocupar com a respiração. Dependendo das condições de umidade e teor do oxigênio, o carregamento pode demorar de minutos a mais de um dia. Segundo o Daily Mail, um teste foi realizado e com apenas um balde do cristal, é possível guardar todo o oxigênio de uma sala. Os mergulhadores, no caso, vão precisar de apenas alguns grãos deles para mergulhar no oceano.
O produto também pode ter outras finalidades. Pacientes que sofrem de doenças pulmonares e utilizam tanques de oxigênio podem ser beneficiados com os cristais, que podem substituir os pesos e facilitar o tramamento e locomoção dessas pessoas. A pesquisa também está sendo ampliada para verificar se a liberação do oxigênio pode ser acionada com a luz, como um gatilho. Assim, o procedimento de armazenagem pode crescer para uma fotossíntese artificial. Ainda não há previsão para comercialização do cristal ou exportação para outros países.

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