Acusado de racismo, filme de Angelina Jolie segue sem estrear no Japão

Tóquio, 18 mar (EFE).- "Invencível", o último filme dirigido pela americana Angelina Jolie, segue sem encontrar distribuidor no Japão, onde suscitou campanhas que tacham o filme de "racista" e pedem a proibição de sua estreia.
O filme, que conta a história de um americano capturado pelo exército japonês durante a Guerra do Pacífico, estreou mundialmente em dezembro do ano passado e já pôde ser visto em mais de 50 países, alcançando uma arrecadação de US$ 100 milhões.
No entanto, "Invencível", que recebeu boas críticas no mundo todo, continua sem estrear no Japão por causa das campanhas contra o filme, segundo informou nesta quarta-feira o jornal "Asahi".
A Toho-Towa, distribuidora no Japão da maior parte dos filmes da Universal Pictures (que produz "Invencível"), explicou que não tomou ainda a decisão de estrear ou não o filme.
A empresa reconheceu ao "Asahi" que recebeu ligações de pessoas que solicitam que o longa-metragem não seja distribuído. "É difícil tomar uma decisão. Além disso, no final são as salas de cinema que podem ter que encarar possíveis protestos", afirmou o porta-voz da distribuidora.
O filme está baseado em um romance de Laura Hillenbrand sobre a vida do americano Louis Zamperini, ex-atleta olímpico que foi capturado durante a Guerra do Pacífico pelo Exército Imperial japonês.
Antes de ser libertado, Zamperini passou dois anos e meio em diferentes campos de prisioneiros japoneses, onde foi sistematicamente torturado pelo sargento Mutsuhiro Watanabe, célebre por sua crueldade com os presos.
No final de 2014 uma campanha no site Change.org começou a colher assinaturas pedindo que se proíba a estreia no Japão e essa petição já conseguiu mais de 10.000 rubricas.
Outra página de Facebook que conta com mais de mil seguidores também pede o boicote do filme e acusa Angelina Jolie de propagar as "mentiras" do livro de Hilldebrand, que já foi criticada antes por narrar episódios de canibalismo nos campos de prisioneiros japoneses.
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