Tetracromatismo: as mulheres que enxergam cores 'invisíveis'

Por muito tempo, acreditava-se que todos percebiam as cores da mesma forma. Quase todos possuem três tipos de cones, que são células na retina. Cada tipo responde a uma frequência diferente de cor. Daltônicos possuem um defeito em um dos cones, e por isso têm dificuldade de distinguir entre algumas cores, como verde e vermelho, por exemplo. Alguns animais são dotados com um "quarto cone". É o caso de peixes dourados e o pássaro diamante-mandarim. Esses animais provavelmente conseguem distinguir melhor as nuances entre as cores. Há 20 anos, os cientistas Gabriele Jordan, da Universidade de Newcastle, e John Mollon, de Cambridge, levantaram a hipótese de humanos poderem fazer isso. A hipótese é baseada no fato de o cromossomo X carregar dois tipos de cones - que percebem o vermelho e o verde. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, elas poderiam, em tese, carregar quatro cones diferentes, cada um sensível a um espectro de cores diferentes. Essa hipótese dos quatro cones que deu origem ao termo "tetracromatismo". Em tese, ela só se aplica a mulheres, já que os homens não possuem dois cromossomos X.


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