Falta de água no Brasil por causa do desmatamento da Amazônia

De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo (Luciana Gatti / Ipen/VEJA)
Uma nova pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) relaciona a seca que atinge o Sudeste, especialmente São Paulo, com o desmatamento da Amazônia. Realizada pelo biogeoquímico Antônio Nobre, a revisão de literatura sobre o assunto mostra que a redução da quantidade de árvores no local afeta os "rios aéreos" de vapor, responsáveis pelo transporte da água que cai com as chuvas nas regiões brasileiras mais distantes. De acordo com o relatório, intitulado O Futuro Climático da Amazônia, esta é “a razão de a porção meridional da América do Sul, a leste dos Andes, não ser desértica, como nas áreas de mesma latitude a oeste e em outros continentes”. 
De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo. "Já foram destruídas pelo menos 42 bilhões de árvores na Amazônia. Em 40 anos, foram cerca de 2 mil árvores por minuto. Os danos dessa devastação já são sentidos, tanto no clima da Amazônia – que tem sua estação seca aumentando a cada ano – quanto a milhares de quilômetros dali", disse Nobre.
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