Atacado ao poder, A força do último coronel

No poder desde o governo Collor, Renan Calheiros tornou-se um legítimo representante do coronelismo no país. Agora, trabalha para se manter no comando do Senado, apesar do envolvimento no petrolão

Claudio Dantas Sequeira (claudiodantas@istoe.com.br)Na semana passada, o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que duas empresas envolvidas em fraudes na Transpetro abasteceram a campanha do peemedebista ao Senado em 2010. A SS Administração e o Estaleiro Maguari entregaram um total de R$ 400 mil ao diretório do PMDB em Alagoas, principal contribuinte da eleição de Renan. A doação foi a única feita pelas empresas a um partido ou candidato fora do Pará, onde estão sediadas. Elas pertencem à família do ex-governador paraense Hélio Gueiros, ligado ao ex-senador Luiz Otávio, ambos do PMDB. Seria uma simples doação, não fosse o fato de que, três meses depois do repasse, a Transpetro entregou ao consórcio ERT, integrado pelas duas empresas, um contrato de R$ 239 milhões para a fabricação de barcaças. Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, indicado por Renan, autorizou o pagamento antecipado de R$ 21,9 milhões, mas nenhum dos comboios foi entregue. O Ministério Público Federal agora diz que houve fraude na licitação e denunciou o afilhado político de Renan por improbidade. Em 2004, a SS Administração e a Rio Maguari foram denunciadas por crime idêntico. Em 2000, embolsaram R$ 13 milhões da antiga Sudam para a construção de barcaças que nunca foram entregues.Quer saber mais? Leia na ISTO é


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